Prefeituras cancelam carnaval em cidades do Sul de Minas



Pelo menos oito cidades do Sul de Minas decidiram suspender ou diminuir uma das festas mais tradicionais do país, responsável por grande movimentação do turismo.

Uma das primeiras cidades do Sul de Minas a anunciar o cancelamento definitivo do carnaval foi Gonçalves. Logo nos primeiros dias de janeiro, através de comunicado postado nas redes sociais. Segundo a nota o município não possui uma verba específica para a festa e, portanto, era preciso tirar recursos de outros setores para garantir o carnaval da cidade.

As cidades que também anunciaram o cancelamento por falta de recursos, principalmente por atrasos no repasse do governo, foram Maria da Fé e São Sebastião do Paraíso.

Elói Mendes também decidiu cancelar a festa. Em 2018, a cidade não terá nenhuma atração.

Após recomendação do Ministério Público, Três Pontas e Santana da Vargem não participaram mais da folia.


A decisão de investir o valor que seria gasto no carnaval em outros setores da cidade foi seguida por outros municípios. É o caso de Delfinópolis, que há dois anos deixou de anunciar o evento na cidade e usa o dinheiro para educação, saúde e estradas. Na cidade, em 2017, o risco de transmissão da febre amarela também preocupou a prefeitura, já que a cidade tinha registrado três mortes e um paciente recuperado da doença.

Pela proximidade com Delfinópolis, Cássia também cancelou o evento em 2017 pelo risco de infestação da febre amarela. Este ano, a festa volta a acontecer na cidade, mas com recursos mais modestos, voltados aos bloco de rua.


Algumas prefeituras decidiram tirar o investimento mais alto para o carnaval, mas continua o apoio a blocos e atrações particulares nas ruas da cidade. Esta é a situação de Pouso Alegre. Na cidade, os blocos irão desfilar pelas ruas durante quatro dias, mas sem subvenção da prefeitura.