Polícia acredita que homem que matou 3 em Itajubá mentiu sobre motivação do crime

Ele disse à polícia que matou porque vizinhos teriam abusado de um dos filhos dele; no entanto, polícia acredita que motivo foi atrito familiar.






A Polícia Civil acredita que o homem que matou três pessoas baleadas em Itajubá (MG) nesta quinta-feira (14) mentiu quando disse que matou os vizinhos porque eles teriam abusado de um dos filhos dele. Ele apresentou essa versão para justificar os assassinatos.

"As investigações apontam que a motivação do crime foi um atrito familiar, em que o autor enfurecido saiu em via pública efetuando disparos nas primeiras pessoas que ele encontrou pela frente. Tudo leva a crer que ele agiu com dolo específico de cometer esse crime", disse o delegado Mário Roberto Rodrigues Martins.

Segundo os moradores, a esposa de Johan Alexander dos Reis, de 34 anos, teria ido embora com os seis filhos porque o marido estaria envolvido com o tráfico de drogas. Eles dizem que o homem não aceitava o fim do relacionamento.

O crime chocou os moradores do bairro rural Capetinga, em Itajubá. Em uma atitude de fúria, John Alexander disparou vários tiros contra os vizinhos. Ele é suspeito de matar o aposentado Francisco de Paula, de 91 anos; Natanael Joel Júlio, de 41 anos e Fernando Norberto, de 51. As vítimas estavam conversando quando foram baleadas.

O autor dos disparos ainda conseguiu fugir, mas foi preso cerca de uma hora depois. Com ele, foram apreendidos um revólver 38 e R$ 5,3 mil em dinheiro.


"Ninguém nunca gostou dele aqui. Isso eu falo por todos os moradores e acho que todo mundo apoia isso que estou falando", disse a neta da vítima, Jade Beatriz de Paula.

Revoltada, a população incendiou um carro do suspeito e invadiu a casa dele. Móveis, eletrodomésticos e roupas, tudo foi destruído.

Por segurança, a polícia não levou o suspeito para ser ouvido na delegacia da cidade. Ele foi direto para o Presídio de Itajubá. Segundo o delegado, além do triplo homicídio, o suspeito assumiu envolvimento com o tráfico de drogas.

"O que ele falou já foi suficiente para instruir o inquérito policial", completou o delegado.





Fonte: G1 Sul de Minas