O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais aprovou mudanças em zonas eleitorais do Estado. Ao todo, serão extintas 45 zonas. No Sul de Minas, as mudanças serão em 22 municípios. Entre eles, Botelhos, que passará a pertencer à zona eleitoral de Cabo Verde (MG).
Na prática, pouca coisa muda. Os moradores vão continuar votando nas mesmas cidades e nos mesmos lugares, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). No entanto, a Câmara de Vereadores da cidade enviou um ofício pedindo à prefeitura e aos deputados que a decisão seja revogada.
"A gente tem uma demanda política alta, no último pleito nós tivemos aproximadamente 150 candidatos a vereadores, cinco candidatos a prefeito, então é um processo ativo. Para os eleitores pode ser que não dificulte tanto, mas para os partidos, para o fluxo eleitoral como um todo, esse rezoneamento não deixa de ser prejudicial", disse a assessora jurídica, Zani Dias Viana.
Entre os critérios para extinguir zonas eleitorais e integrar as cidades estão a densidade demográfica e o remanejamento do menor número possível de eleitores. Mas Cabo Verde, que também vai responder por Divisa Nova, tem menor número de habitantes que Botelhos: são pouco mais de 14 mil, enquanto Botelhos tem mais de 15 mi habitantes.
O número de eleitores de Botelhos (12.588), também é maior que o de Cabo Verde (9.690). Dados que fazem a chefe do Cartório Eleitoral de Botelhos contestar a decisão.
"Individualmente, Botelhos possui um eleitorado maior, uma população maior, e uma densidade eleitoral maior. Acredito sim que haverá um prejuízo para a população", disse a chefe do cartório eleitoral, Cristiana Modena Pereira.
Nas 22 cidades da região que deixarão de ser zona eleitoral, haverá postos de atendimento, segundo o TRE. Enquanto isso, cartórios como os de Cabo Verde, terão que concentrar os serviços dos municípios agregados.
Fonte: G1 Sul de Minas