Além do delegado, também foram presos investigadores e escrivães. Documentos também foram apreendidos pela Corregedoria na delegacia da Polícia Civil. Ao todo, além dos mandados de prisão, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão.
O delegado Cristiano Severo foi preso de forma preventiva. A Corregedoria investiga se ele também está envolvido no esquema. A denúncia partiu de presos durante a "Operação Desmonte", deflagrada em julho deste ano. Na época, um empresário foi acusado pela polícia de usar um pátio credenciado pelo Detran para lavar dinheiro. Ele ficou 49 dias preso e depois procurou a Corregedoria.
"Os carros que foram liberados, sem poder liberar, os carros adulterados, só chegava as liberações para mim e eu liberava os carros, os acertos eram feitos aqui, com os próprios delegados, e só chegava a liberação pra mim", disse o empresário Gledston Silva.
Outras pessoas que foram presas durante a operação também dizem que foram vítimas de extorsão de policiais.
"Eu sofri um pedido de extorsão, a respeito de um carro que eu vendi de origem lícita e diante da corretidão [Sic] dos fatos, que eu provei que era lícito, eu sofri essa extorsão", disse o empresário Walter Chersoni.
A defesa do delegado preso nega as acusações. "Ele diz que está absolutamente tranquilo, que não tem nada a dever, espera que essa investigação termine o mais rápido possível, tem certeza da lisura dos seus atos como pessoa e também como funcionário público", disse o advogado Rodrigo Martins Ribeiro.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, os policiais investigados devem ficar presos na Casa de Custódia da Polícia Civil, em Belo Horizonte (MG).
Fonte: G1 Sul de Minas