Interessados em mostrar seus trabalhos artísticos em qualquer lugar do Brasil ou do mundo ainda podem participar. As inscrições para 3ª Seleção do edital estão abertas e destinam-se a viagens a serem realizadas durante os meses de setembro e outubro. Para isso, o interessado deve inscrever sua proposta no site www.cultura.mg.gov.br até o dia 15 de julho.
Chile, França, Argentina, Portugal e Japão são alguns dos destinos estrangeiros dos artistas, pesquisadores e produtores culturais que fazem suas malas para viagens que acontecem nos meses de julho e agosto. Dentro do território nacional, o Nordeste será a região que acolherá a cultura mineira nesta etapa do programa. Bahia, Paraíba e Maranhão são o destino de três dos projetos aprovados.
Artistas de outros cantos também podem se apresentar em terras mineiras, e nesse sentido um dos destaques desta seleção é a participação de integrantes do grupo de teatro Somá Cambá, de Cabo Verde, na 17ª Mostra de Teatro de Montes Claros (Território Norte). Elton Delgado e Péricles Delgado da Silva irão ministrar uma oficina de teatro com duração de uma semana.
Uma de nossas companhias de teatro mais premiadas, o Luna Lunera embarca para Dunquerque, na França, no início de julho. Lá o grupo participa da 13ª Edição do Festival Le Manifeste, onde apresentam o espetáculo “Cortiços”, com direção de Tuca Pinheiro, que também irá ministrar um workshop intensivo. O objetivo das oficinas é conduzir a criação de um trabalho inédito e apresenta-lo ao público nos últimos dias do evento.
De Lambari, no Território Sul, o artista plástico Henrique Monteiro de Menezes é outro que está de malas prontas em rumo à França. Em agosto ele vai a Paris para expor seu trabalho durante o "Salon Professionnel d'Art Contemporain no Carrousel Du Louvre 2017".
Ainda no território europeu, o Teatro&Cidade – Núcleo de Pesquisa Cênica do Teatro Universitário da UFMG participa do Festival Internacional “Teatro Agosto”, na cidade de Fundão, em Portugal. No evento serão apresentados os três espetáculos que compõem a “Trilogia Andarilha”. As obras investigam os princípios cênicos das máscaras tradicionais da cultura popular brasileira presentes nos reisados e bumbas meu boi, manifestações brasileiras com forte influência africana e indígena.
A Cia de Teatro Conscius Dementia, de Poços de Caldas (Território Sul), vai a Santiago, no Chile, para apresentar o espetáculo “Terra e Mar” em escolas da periferia da cidade. E a artista visual Ana Carolina Barbosa da Cunha participa de uma residência artística para aprimoramento da técnica de cerâmica na tradicional e renomada instituição Koraku-Gama, em Arita, no Japão.
Tendo o Nordeste brasileiro como destino, a pesquisadora Gabriela Barros Rodrigues viaja para São Luís (MA) para participar do grupo de pesquisa Religião e Cultura Popular – GPMINA, na UFMA. Em Salvador (BA), Maria de Fátima da Silva Jorge e Solange Sabino Palazzi irão representar a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Preto, de Ouro Preto (Território Metropolitano) no Encontro de Irmandades Negras Católicas. O evento vai discutir estratégias que favoreçam o resgate, a difusão e a manutenção das tradições afrodescendentes.
Filme mineiro premiado em Chicago
O Global Girls Film Festival, realizado este mês em Chicago, Estados Unidos, premiou a produção “Marina não vai à praia”, do diretor Cássio Pereira dos Santos, como melhor filme segundo o júri popular. A ida do cineasta de Patos de Minas (Território Noroeste) ao festival foi viabilizada com recursos do Circula Minas.
Recém-chegado de viagem, o diretor comemora mais essa conquista. “Não esperava ter o curta selecionado, pois ele foi produzido em 2014. Saber como a obra é recebida pelo público é muito importante para o artista e a minha participação no evento só foi possível devido ao apoio e a existência do Circula Minas. Estou muito feliz”, celebra o cineasta. Ao todo, o filme já contabiliza cerca de 20 prêmios em vários festivais mundo afora.
Organizado pelo International Media Center de Chicago, o Global Girls Film Festival, que teve sua curadoria realizada por meninas de 14 a 17 anos da periferia de Chicago, acontece em diversas instituições que oferecem apoio à mulheres e meninas marginalizadas, como a New Moms, que apoia adolescentes grávidas em situação de risco, e a BUILDChicago, onde foi exibido o curta. “O público e a curadoria desse festival é diferente de outros. Não é feito por cinéfilos, mas por pessoas que estão se habituando com as diferentes linguagens cinematográficas”, completa o cineasta.
No filme, uma menina com síndrome de Down mora no interior de Minas Gerais e sonha em conhecer o mar. “Essa vontade é muito forte no imaginário de uma criança que nunca pisou em uma areia de praia. E é um pouco disso que quero trazer no curta e também abordar as dificuldades para se realizar um sonho, por mais singelo que possa parecer”, explica Cássio.
“Marina não vai à praia”, que foi produzido com recursos do Filme em Minas, programa de apoio ao audiovisual da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), foi selecionado em aproximadamente 50 festivais ao redor do mundo.
Circula Minas
O edital de apoio a viagens da Secretaria de Estado de Cultura busca promover a difusão e o intercâmbio da cultura mineira em suas diversas áreas, como artes visuais, circo, dança, teatro, literatura, afro-brasileira, LGBT, folclore, entre outras manifestações. Conduzido pela Superintendência de Interiorização e Ação Cultural, o programa fornece ajuda de custo para realização de viagens por municípios de todo o Brasil e dos cinco continentes do mundo.
O programa Circula Minas destina aos contemplados o valor total de R$ 300 mil, repassados a título de ajuda de custo para uso em despesas com passagens, seguros de viagem, hospedagem, alimentação, entre outras.
Fonte: Agência Minas