Homem também é suspeito de ter sequestrado e matado menina no Rio.
As famílias das duas adolescentes assassinadas em Lambari (MG) dizem esperar por justiça após o suspeito pelos crimes ter sido preso no Rio de Janeiro (RJ). Sandro Luiz Alves Portilho, de 42 anos, que também é suspeito de sequestrar e assassinar a menina Thifany Portilho de Almeida, de 11 anos, no Rio de Janeiro, em janeiro deste ano, teve a prisão preventiva decretada nesta quarta-feira (8).
Os crimes na cidade mineira aconteceram no início de 2011. Em janeiro de 2011, a polícia encontrou o corpo de Hanah Pereira da Silva, de 17 anos, em um chalé da cidade. Quatro meses depois, em maio, a polícia encontrou o corpo da estudante Daniela Maria Paiva Paula, de 12 anos, também carbonizado, em uma mata na zona rural de Lambari, próximo ao Parque Estadual Nova Baden. Daniela havia saído de casa alguns dias antes para se encontrar com a mãe no trabalho e não retornou mais.
"Quem é ele para tirar a vida das pessoas dessa maneira? Dessas meninas inocentes, que não tiveram tempo nem para se proteger?", questionou a mãe de Daniela, Lúcia Helena Paiva.
"Tanto eu como outras mães, nós vamos ser eternas pessoas que vão sofrer", disse a mãe de Hanah, Rosa Helena Pereira.
Investigações
A polícia chegou até Sandro depois que ele foi preso em janeiro desse ano suspeito de matar Thifany. A vítima também foi estuprada e teve o corpo carbonizado. Segundo o delegado Cistiano Silva, ele se passava por adestrador de cães e oferecia filhotes de presente para se aproximar das adolescentes, do mesmo jeito que teria agido em Lambari.
O delegado acredita que Sandro tenha matado pelo menos cinco mulheres. Além das três jovens, outras duas vítimas teriam sido assassinadas em Juiz de Fora. "Trata-se de um serial killer que agia dessa forma, atraindo menores, de 11, 13, 17 anos, violentando-as sexualmente e, posteriormente, vindo a ceifar a vida delas", afirmou.
O promotor de Lambari acompanha o caso e diz que chegou a conhecer Sandro, mas que não suspeitou dele. "Ele não se vale disso. Ele consegue transitar no ambiente sem ser percebido, tanto que ele viveu aqui alguns meses e é pouco provável que alguém identifique ele pessoalmente", disse Cláudio Ferreira de Oliveira Filho.
"Eu não tenho lembrança nenhuma de ter visto ele. Muito menos [dele ter tido] contato com algum de meus filhos", disse Lúcia Helena.
Já a mãe de Hanah tem certeza que foi ele quem assassinou a filha. Ela disse ter descoberto que Sandro frequentava a casa do pai da menina quando a ela desapareceu. "Sempre ali circulando no mesmo lugar que ela estava", contou Rosa.
Conforme o delegado responsável pelo caso, o suspeito está preso no Rio de Janeiro. Ele também informou que deve ir até o final de março ao presídio onde ele está para colher depoimentos.
Fonte: G1 Sul de Minas