Municípios devem R$ 2 milhões para consórcio que administra o Samu

Segundo Cissul, 63 prefeituras estão em débito com os repasses.
Atendimento de urgência e emergência regional completou 2 anos.




Municípios que fazem parte do consórcio de saúde que administra o Samu Regional estão devendo cerca de R$ 2 milhões em repasses para o serviço. Ao todo, 63 prefeituras de cidades que são atendidas estão devendo os repasses para o serviço, que completou 2 anos de funcionamento na região.

Nesse período, o Samu prestou 105 mil atendimentos nas 152 cidades do Sul de Minas, que fazem parte do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Macro Região do Sul de Minas (Cissul).

"Antes do Samu ser implantado no Sul de Minas, antigamente não se tinha transporte adequado e principalmente, não se tinha vaga garantida", disse o secretário executivo do Samu, Jovane Ernesto Constantini.

Para fazer os atendimentos, o Samu recebe verbas do governo estadual, do governo federal e dos municípios que fazem parte do consórcio. A dívida com as cidades se arrasta desde 2014. Naquela época, os prefeituras já alegavam passar por crise financeira. Agora, as cidades devedoras também poderão ter o serviço cortado.

"A gente tem hoje uma reserva em caixa, mas isso futuramente, caso os municípios não arquem com os pagamentos, pode haver aí um prejuízo na parte de material de consumo e de serviço prestado dentro do consórcio", disse Constantini.

Na semana passada, as prefeituras e o Samu chegaram a um acordo: a dívida vai ser parcelada em até 24 vezes. Alfenas é um dos municípios que já está refazendo as contas para pagar o que deve: R$ 400 mil.

"A gente reconhece essa dívida, nós vamos sanar este valor, mas isso de acordo com a realidade do nosso município. Foi colocado pelo Samu na Assembleia um parcelamento de até 24 vezes, mas nós vamos sentar e colocar isso de acordo com a realidade financeira que nós temos hoje", disse a secretária de Saúde de Alfenas, Deyv Cabral de Assis.

A central reguladora do Samu Regional fica em Varginha, mas o serviço tem bases em outras 33 cidades.

Fonte: G1 Sul de Minas