O Sul de Minas não figura na área de alerta da Secretaria de Saúde (SES-MG), mas na manhã desta quarta-feira (25) foi confirmado o primeiro caso de vítima da febre amarela na região.
Um morador de 52 anos que possuía uma propriedade na área rural da cidade de Delfinópolis, morreu em um hospital de Franca (SP) em 27 de dezembro. Com esse caso, subiu para 38 o número de mortes por febre amarela em Minas Gerais.
De acordo com o órgão municipal outros dois casos suspeitos de febre amarela são investigados em Delfinópolis: o de um homem de São Paulo (SP), que visitou o município, e o de uma mulher de 47 anos, que morreu em Paulínia (SP).
De acordo com especialistas, o avanço da doença para outras regiões exige tomada de medidas de controle urgentes por parte das autoridades públicas, não só em áreas consideradas prioritárias. A meta, eles defendem, deve se evitar a todo custo a propagação de novos casos, inclusive para áreas urbanas.
Além das mortes confirmadas no estado, há outras 45 sob investigação.
Em Caxambu a Secretaria da Saúde informou que já deu início à campanha de vacinação. Para se vacinar basta comparecer a Policlínica de Caxambu com a carteira de vacinação e a carteira nacional de saúde. Caso a pessoa não tenha a carteira e não saiba quando foi vacinado, ela deve procurar a unidade de saúde para obter orientação. As pessoas que vão viajar para áreas de risco ou que estão em surto, a vacina deve ser tomada com 10 dias de antecedência.
A vacina faz parte do calendário normal de prevenção do Ministério da Saúde e tem validade de 10 anos, com apenas um reforço após esse período.
Não se recomenda a vacina para crianças menores de 6 meses, idosos acima de 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até 6 meses, pacientes em tratamento de câncer, de HIV, pessoas imunodeprimidas (com baixa imunidade) e alérgicos a gelatina e ovo. Nos casos relacionados, as pessoas só poderão ser vacinadas sob indicação médica.
Mais informações no setor de vacinação da Policlínica de Caxambu.
A Doença
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus, que pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. A doença é transmitida por mosquitos e comum em macacos, que são os principais hospedeiros do vírus.
Segundo o Ministério da Saúde a doença se torna aparente de três a seis dias após a infecção. Os sintomas iniciais são febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maior parte das pessoas apresenta uma melhora após tais sintomas. Cerca de 20% a 40% das pessoas que desenvolvem a versão mais grave da doença (15% do total de infectados) podem morrer.
Imagem Secretaria de Saúde do DF