Mais votados de 3 cidades do Sul de MG não assumem cargos de prefeito

Eles tiveram registros indeferidos por supostas irregularidades.
São Bento Abade é única cidade em que estão confirmadas novas eleições.




Candidatos mais votados de três cidades do Sul de Minas não puderam tomar posse neste domingo (1º) devido ao indeferimento das candidaturas a prefeito. Em São Bento Abade (MG), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já decidiu que novas eleições deverão ser marcadas. Na cidade, assim como em Santana da Vargem (MG) e Conceição do Rio Verde (MG), quem assume os cargos interinamente são os novos presidentes das câmaras. No entanto, nessas duas últimas, ainda cabe recurso.

Em São Bento Abade, Janete Rezende Silva (PSDC), teve a candidatura infeferida devido a contas rejeitadas pela Câmara Municipal da cidade referentes ao exercício de prefeito de 2003 e 2004. Em 7 de novembro, o TSE manteve o indeferimento confirmado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Já em Santana da Vargem (MG), o candidato Argemiro Rodrigues Galvão (PDT), teve a candidatura indeferida por ter tido contas rejeitadas pela Câmara em 2005, quando era prefeito. Em sua defesa, o candidato disse que criou suplementação de crédito para o orçamento de 2005 a 2008, mas que esse dinheiro não foi utilizado, sem portanto ter dano ao erário público.

Em Conceição do Rio Verde (MG), o candidato Adilson Gonçalves Oliveira Paganelli (PTC) teve a candidatura indeferida por ter sido condenado por ato de improbidade administrativa, com reconhecimento de dano ao erário e enriquecimento ilícito. O TRE confirmou o indeferimento, mas ainda cabe recurso.

O G1 tentou contato com Janete Rezende Silva, mas ela não atendeu as ligações. Adilson Gonçalves Oliveira Paganelli também foi procurado, mas a família informou que ele está viajando.

Empossado de última hora
Quem quase também não assumiu foi Francisco Antônio Pereira (PP), que foi empossado neste domingo (1º) como novo prefeito de Ibituruna (MG). Francisco teve o registro indeferido por ter contas relativas ao exercício de prefeito de 2007 rejeitadas pela Câmara Municipal, o que o tornou inelegível por 8 anos a partir da decisão definitiva da rejeição das contas. No entanto, o candidato mais votado conseguiu um recurso na última sexta-feira e foi diplomado e empossado no cargo.

Por telefone, Francisco disse ao G1 que estava tranquilo quanto ao resultado e viu com tranquilidade todo o processo, pois não houve nada de errado e sim, segundo ele, um erro de contador na época da suposta irregularidade.


Fonte: G1 Sul de Minas