A tarde desta quarta-feira, dia 18, foi movimentada no fórum "João Pimenta da Veiga", em Lavras, isso porque o juiz Célio Marcelino da Silva ouviu Sabrina da Silva, que matou a sua própria filha Lídia Acsa da Silva Borges, de dois anos, um crime que chocou Lavras e ganhou repercussão nacional.
Por questão de segurança, Sabrina chegou ao fórum às 14h acompanhada de um grande número de agentes penitenciários e policiais militares, a realização da audiência não foi divulgada.
Ela estava completamente diferente do dia em que foi presa, 14 de novembro do ano passado: Sabrina pintou o cabelo e estava irreconhecível. Ela deixou a viatura do sistema prisional e foi direto para a sala de audiência. A audiência foi acompanhada pelo advogado de Sabrina. Além dela, foram ouvidos o pai da menina e os policiais que atenderam a ocorrência.
Após a audiência, a mãe retornou para o Presídio Estadual de Lavras, onde está detida desde a madrugada do dia 14 de novembro, depois de ter confessado, poucas horas após ter matado a menina no bairro Fonte Verde. Na ocasião, a confissão foi feita em depoimento para os delegados Rafael Arruda, da Delegacia de Homicídios e Tráfico de Drogas, e Alexandre Rezende Vieira, da Delegacia de Furtos e Roubos, que estava de plantão na Depol de Lavras, quando ocorreu o homicídio.
A princípio a mãe deu a versão de que havia saído com a criança para ir à casa de uma amiga e que, no caminho, foi assaltada por um ladrão que pediu seu celular e R$ 200. Ela disse que não tinha e, segundo sua primeira versão, o ladrão disse que não a machucaria, mas machucaria sua filha, para ele ter tempo de fugir. Ela continuou esta versão dizendo que o ladrão cortou o pescoço da menina com uma faca, fugiu e ela voltou para sua casa com a filha gravemente ferida. Chegando em casa telefonou para seus familiares e a polícia foi acionada.
A menina Lídia Acsa da Silva Borges, de dois anos, foi degolada pela própria mãe, no domingo, dia 13 de novembro. Alguns moradores do bairro Fonte Verde, onde ocorreu o assassinato, impossibilitados de fazerem justiça com as próprias mãos, como eles queriam, resolveram destruir a casa que foi cenário da barbárie.
Fonte: Jornal de Lavras