Previsão é que equipamento comece a funcionar em fevereiro de 2017.
O telescópio russo que vai monitorar lixo espacial na órbita terrestre começou a ser instalado no Pico do Dias, em Brazópolis (MG). Esse é o primeiro equipamento deste tipo instalado no Brasil e também o primeiro do projeto russo fora do país de origem.
Segundo Bruno Castilho, diretor do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), a expectativa é que o telescópio comece a funcionar em fevereiro de 2017. "Metade de fevereiro já devem ser feitos os primeiros testes do telescópio. A equipe de russos que está aqui hoje, são 14 técnicos e engenheiros, que é o pessoal da mecânica e da eletrônica, que está montando a estrutura mecânica do telescópio e toda a parte do computador", explica.
Ainda de acordo com Castilho, dia 15 de janeiro chega a equipe que vai montar a parte da ótica e do software. Em fevereiro, acontece a inauguração oficial do telescópio.
O telescópio
O equipamento está sendo instalado através de uma parceria do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) e a estatal russa Roscosmos. O objetivo é fazer um mapa de todos os detritos espaciais que estão em órbita da Terra, que são os pedaços de satélites velhos ou de foguetes que foram lançados e que continuam em órbita.
Com o mapa, também será possível monitorar o caminho dos satélites. Caso algum saia da órbita para entrar na Terra, é possível prever onde o objeto vai cair e acompanhar os pedaços maiores, evitando algum acidente grave.
O projeto russo começou há cerca de dois anos. O primeiro equipamento foi instalado nas montanhas Altai, na Rússia, e já está em operação. Os dois equipamentos vão ficar em posições afastadas em relação ao outro e vão fotografar o céu, fazendo um mapeamento de toda a área. O grupo de astrônomos brasileiros vai fazer o gerenciamento dos dados e repassar para a agência russa.
Este será o único equipamento deste tipo instalado no Brasil, e justamente por isso, a contrapartida do projeto é que os astrônomos brasileiros vão poder usar os dados para outras pesquisas que ainda não são possíveis no Brasil, como rastrear asteroides e cometas.
Fonte: G1 Sul de Minas