Professor de Varginha defende uso de tablets e smartphones em aulas

Como seria uma sala de aula tão conectada quanto a vida que temos hoje? O professor universitário Celso Gomes, de Varginha (MG), faz uma reflexão sobre a educação do futuro em seu livro “Smartphones e Tablets – Ferramentas para expandir a sala de aula”. O lançamento acontece neste sábado (19) na cidade, no Shopping Via Garden Café.

Em livro, professor de Varginha defende uso de
ferramentas tecnológicas na sala de aula
(Foto: Celso Gomes/Arquivo pessoal)

O livro é resultado de uma pesquisa desenvolvida durante os anos de mestrado e doutorado do mineiro, que se especializou no uso da tecnologia como ferramenta de ensino. A proposta de Gomes é que sua pesquisa auxilie profissionais da educação a adaptarem os métodos utilizados em sala de aula e aproximem mais o ensino da rotina dos estudantes fora da escola.

“As tecnologias, como os smartphones e tablets, são utilizadas cotidianamente pela maioria das pessoas como ferramentas de pesquisa, localização, produção de fotos, vídeos, áudio e, dentre outras funções, como ferramentas de interação”, observa.

Para o professor, as novas tecnologias ainda não entraram de vez na escola porque se chocam com os métodos tradicionais de ensino, que passam o conhecimento de forma unidirecional. Na visão de Gomes, o potencial desses recursos acaba não sendo aproveitado.

“[É] Uma metodologia que se baseia na exposição do professor (sujeito ativo/emissor) e na atenção dos alunos (sujeitos passivos/receptores). Assim, os computadores, na maior parte das vezes em que são utilizados na sala de aula, se mostram, na verdade, como uma espécie de nova versão das velhas tecnologias analógicas e que estão presentes na sala de aula antes mesmo de nossos avós enquanto alunos”, afirma, citando como exemplo o retroprojetor, que costuma auxiliar professores na exposição de matérias.

Segundo o professor de Varginha, o equipamento (que, conectado a um computador, projeta imagens sobre uma superfície) não seria nada além de uma versão moderna do quadro negro. Mesmo com a adição de recursos como som e reprodução de imagens, se prestaria, ainda assim, à mesma finalidade da antiga lousa.

“Ou seja, serve para que o professor apoie as exposições do conteúdo a serem estudados pelos alunos. Uma situação muitas vezes maçante e que se mostra pouco significativa frente à vivência de nossos alunos”, afirma. “Precisamos pensar a educação de forma a romper com velhos paradigmas que tendem a isolar as disciplinas entre si e também isolá-las do cotidiano de nossos alunos.”Para professor, educação precisa se atualizar para um cotidiano conectado (Foto: Reprodução / TV Globo)

A pesquisa

A pesquisa do professor Celso Gomes sobre o uso de novas tecnologias no ensino se desenvolveu no mestrado concluído na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) no programa de Tecnologias da Inteligência e Design Digital sob a área de concentração de "Processos Cognitivos e Ambientes Digitais”.

Em seguida, Gomes continuou a pesquisa concluindo o doutorado em educação pela Unimep de Piracicaba (SP), onde desenvolveu uma tese sobre a constituição de saberes e fazeres de professores que utilizam da tecnologia para ensinar e aprender.

O professor é ainda bacharel e licenciado em música e atualmente atua como coordenador do curso de licenciatura em música do Centro Universitário do Sul de Minas (Unis/MG) e professor das disciplinas de pós-graduações na mesma universidade.

Serviço
Lançamento “Smartphones e Tablets – Ferramentas para expandir a sala de aula”
Quando: Sábado, 19 de novembro, às 19h
Onde: Stand by do Unis, no Via Garden Café Shopping
Endereço: Rua Humberto Pizo, 999 - Jd. Petrópolis
Preço: livro pode ser comprado por R$ 35

Fonte G1 Sul de Minas