Ideia venceu categoria 'Processo Inovador' do Prêmio Inova do SENAI.
O sistema é simples. As peças que já existiam na máquina convencional foram adaptadas pela equipe e até quem não tem prática com costura consegue dominar o equipamento sem muita dificuldade. De acordo com a técnica do Senai o principal objetivo é promover a inclusão.
“Em visita a uma fábrica, eu visualizei um deficiente físico, que ele somente tirava as linhas. Então, pensando nele que começamos a desenvolver alguma coisa que pudesse não só mudar a vida dele, mas de todo mundo que não tivesse mobilidade nas pernas. O próximo passo agora é produzir em série e estar adaptando todos estes aparelhos na indústria. A gente viu isso através do Inova, que ele [o projeto] não é mais somente para um deficiente físico, ele serve para aquelas pessoas que trabalhariam em pé, que agora podem se sentar e também serve para as pessoas que têm algum problema temporário nas pernas”, explicou Ana Maria de França, técnica do Senai com mais de 20 anos de experiência em costura industrial.
Uma confecção de lingerie na cidade foi uma das apoiadoras do projeto. Agora, a empresa pretende implantar o novo sistema na linha de produção da empresa.
“Nós acreditamos até, pela lei da cotas de pessoas com necessidades especiais, a gente possa ainda mais trazer essas pessoas para a fábrica. Quem sabe ainda a gente faça toda a cronoanálise de tempo e para ver se a aceleração com a mão acaba sendo mais eficiente do que a aceleração com o pé, porque todas as máquinas até hoje foram com os pés”, explicou Francisco Lúcio, gerente de confecção.
Quem também testou e aprovou a nova máquina foi Nadir Barbosa Bonacini, que há 12 anos é costureira e por passar muito tempo sentada com os pés no pedal está sempre reclamando de dores no joelho.
“Eu fico muito tempo parada, muito tempo com o pé na mesma posição, então a hora que eu levanto que eu sinto as dores. [Com essa máquina] eu não preciso ficar só com um pé funcionando e acho que vai ser bom sim. No comecinho foi meio estranho, mas acho que vai ser legal, eu gostei. Dá para a gente fazer um pouquinho de treinamento e aceitar bem”, disse a costureira.
Fonte: G1 Sul de Minas