Ao motorista que bebe e depois dirige: além das penalidades que passarão a vigorar, vai aumentar a fiscalização
O aumento dos valores das multas de infração de trânsito que passará a vigorar a partir do dia primeiro de novembro tem sido alvo de críticas de motoristas, na imprensa e até alguns políticos, por outro lado dados estatísticos apontam para um aumento considerável de infrações e trânsito. Em 2014 foram registradas 2,9 milhões de infrações de trânsito apenas em Minas Gerais, no ano passado esse número saltou para 3,1 milhões, isso significa que uma multa é aplicada - apenas em Minas Gerais - a cada cinco minutos.
Para conter esse avanço que os valores das multas serão majorados a partir da próxima semana, a multa que mais vai pesar no bolso do motorista infrator é dirigir embriagado ao volante. Em países como nos Estados Unidos, Japão e outros, dirigir sob efeito de álcool é passível de prisão e em alguns casos, onde envolve acidente com morte, o motorista fica anos preso.
A embriaguez ao volante é o que mais preocupa as autoridades e nesse caso a infração, até então de R$ 1.915, agora vai custar ao infrator R$ 2.934, e não para por aí: o motorista terá a carteira suspensa por um ano. As mesmas sanções serão aplicadas para quem se recusar a fazer o teste do bafômetro. Os ajustes que valem a partir do dia 1º de novembro serão realizados com base em alteração no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), por meio da lei federal 13.281, sancionada em maio.
Dirigir sob efeito de álcool é um problema que vem preocupando cada vez mais as autoridades brasileiras, para se ter uma ideia, esse é o terceiro reajuste do valor da multa por embriaguez ao volante, desde sua implantação em 2008, mesmo assim a Lei Seca continua cada vez mais sendo desrespeitada.
Vale lembrar que as penalidades vão afetar apenas quem é infrator, quem desrespeita a lei, quem bebe e dirige, colocando em risco a vida de terceiros. Quem não dirige depois de beber não tem com o que se preocupar. Para as autoridades que estão sendo acusadas de implantar a "indústria da multa", elas têm a resposta: "para que haja uma 'indústria da multa' é preciso que haja uma 'indústria de infratores', o que não faz sentido".
Fonte: Jornal de Lavras