Entre marqueteiros, dirigentes partidários e candidatos, é unânime o entendimento de que as receitas despencaram.
Tomadas aéreas, efeitos visuais e sonoros, captações novelescas em dezenas de ambientes, multiplicidade de câmeras, isso tudo refluiu.
Se falta o empacotamento, o candidato terá de ganhar mais votos na estratégia política, discurso certeiro, simpatia e autenticidade.
O velho bordão do político que "gasta sola de sapato" para trotear pelas cidades e guetos também está de volta.
Em 2016, os concorrentes somente poderão financiar as suas campanhas com recursos do fundo partidário e doações de pessoas físicas, que deverão se limitar à fatia de 10% dos ganhos declarados no último Imposto de Renda.
Menos espetáculo, mais realidade. A campanha de rua também sofreu reduções visuais drásticas não somente por questões financeiras, mas legais: a norma veda, por exemplo, que candidatos façam propaganda com a pintura de muros e o uso de cavaletes e bonecões — que inundaram cidades nas últimas eleições. Ante as restrições de métodos e de dinheiro, a palavra "criatividade" e o uso das redes sociais estão entre as alternativas mais citadas
O que está proibido na campanha eleitoral
Pintura de muros, cavaletes, outdoors, showmícios, posts pagos em redes sociais e distribuição de brindes, financiamento privado
NÃO PODE
Bater recorde em gastos de campanha; Receber dinheiro de empresas; Fazer superproduções para as propagandas ; Difamar o adversário em redes sociais; Colocar placas, cavaletes, bonecos, faixas e afins em espaços públicos (cinemas, shoppings, lojas, templos, centros comerciais, ginásios, estádios, etc.
Também não pode Outdoors (inclusive eletrônicos); Oferecer ‘presentes’ para eleitores; Fazer ‘showmícios’ (comício com show de artistas); Todo material gráfico deve conter o nome da gráfica que o confeccionou, com CNPJ de quem fez e de quem contratou o serviço; Fazer telemarketing; Arrecadar dinheiro por ‘vaquinhas virtuais’.