Quatro suspeitos foram detidos e um trocou tiros com a polícia.
A Polícia Civil investiga a suspeita de um estupro coletivo em Machado (MG). Duas adolescentes disseram em depoimento que foram dopadas e abusadas em uma casa na zona rural no fim de semana. Pelo menos quatro menores foram detidos na tarde desta quinta-feira (23) e um outro suspeito, que está foragido, trocou tiros com a polícia. Mas a lista pode chegar a 24 pessoas.
Segundo a mãe de uma das meninas, a filha dela, de 15 anos e uma amiga, de 14, foram rendidas por alguns rapazes e levadas para um cativeiro no bairro Jardim das Oliveiras. Lá, as duas teriam sido dopadas e estupradas.
"Elas 'acabou' de sair de casa, quando chegou na esquina os caras já 'tavam'. Diz ela que já estavam armados, que ele mostrou a arma pra ela. Primeiro deram guaraná. Depois elas ficaram tontas, já não 'lembra' de mais nada. Aí foi o rodízio. Ninguém sabe o que puseram no guaraná, porque o guaraná delas, ninguém bebeu, foi só delas. A lista que ela deu ali do bonde tem mais de 24 pessoas", disse a mãe de uma das meninas.
Segundo a mãe, as duas adolescentes ficaram em cárcere privado por todo o fim de semana e só foram soltas na segunda-feira (19). Após conversar com a filha e levantar os nomes dos suspeitos de participar do estupro, a mãe passou as informações para a Polícia Civil.
Segundo as investigções, a casa onde as jovens teriam ficado fica no mesmo bairro. No local foram encontrados vários colchões, um sofá e uma televisão. Havia também panela no fogão e louças na pia, além de muitas garrafas de bebida alcoólica.
Durante a procura por um dos suspeitos na noite desta quarta-feira (22), houve troca de tiros com a polícia. Moradores gravaram e compartilharam nas redes sociais. O homem que trocou tiros continua foragido.
Os suspeitos detidos foram levados para a delegacia para prestar depoimento. A polícia também ouviu as adolescentes, junto com o Conselho Tutelar. As jovens foram levadas para Alfenas para passar por exames médicos. A polícia ainda apura se mais pessoas estão envolvidas.
"A gente tem que aguardar os exames preliminares dos médicos legistas, aguarda o depoimento de todo mundo, seria prematuro afirmar se houve ou não estupro, até porque o consentimento influencia muito nisso. De início, até para preservar as vítimas, a gente vai manter os nomes dos suspeitos em sigilo", disse o delegado Juliano Lago.
Fonte: G1 Sul de Minas/EPTV