Nos últimos dois anos, queda no foi de quase 70% no número de vagas.
A diminuição do número de vagas oferecidas pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) tem feito muitos alunos do Sul de Minas trancarem os cursos nas faculdades. Nos últimos dois anos, a queda foi de quase 70%.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), em 2014 eram mais de 730 mil. Em 2015, esse número caiu 57,2% e despencou para 313 mil vagas. E este ano, a queda em relação ao ano passado foi de 29%, atingindo 222 mil. Desse total de vagas, para 2016, 75 mil são destinadas para alunos que ingressarem em uma universidade no próximo semestre.
Nesse período, no Grupo Unis em Varginha (MG) pelo menos mil alunos não conseguiram começar os cursos. Com menos inscritos, o jeito foi se adaptar para enfrentar a situação. “Possibilitamos novas formas de financiamento e a empregabilidade do aluno. A universidade está trabalhando programas que consigam prover esse aluno dentro da instituição”, diz o superintendente acadêmico Nilton dos Santos Portugal.
Já na Inapós Faculdade de Odontologia do Sul de Minas, em Pouso Alegre (MG), 30 alunos que esperavam o Fies trancaram a matrícula. A diretora Tereza Cristina Rodrigues Cunha explica que para o vestibular, muitas vagas foram disponibilizadas para o MEC, mas com a queda do financiamento não foram preenchidas. Um prejuízo para os alunos e para as universidades.
“Se o meu aluno não pagar, se o credor dele não pagar, a instituição torna-se fiadora desse estudante e a instituição vai pagar 80% da dívida”, diz a diretora.
A queda de vagas pelo Fies, no entanto, já fez aumentar a procura pelos cursos à distância. “Em relação aos cursos presenciais, o ensino EAD tem a mensalidade até 50% mais barata. Além da facilidade, da disponibilidade de tempo da flexibilidade de horários. Todas essas vantagens possibilitou esse aumento”, explica a coordenadora de cursos Cátia Alcântara.
Fonte: G1 Sul de Minas/EPTV