Suplentes de vereadores terão que assumir cargos em Guaxupé, MG

Eles terão que assumir para apreciar pedido de cassação dos titulares.
Doze dos 13 vereadores da cidade são suspeitos de desvio de recursos.




O juiz Milton Biagioni Furquim, da 1ª Vara Cível de Guaxupé (MG), decretou liminarmente que os suplentes de 12 dos 13 vereadores de Guaxupé (MG) assumam o cargo para apreciar o pedido de instauração do processo de cassação dos mandatos dos titulares.

O juiz acolheu requerimento do Ministério Público, baseado na representação de um morador da cidade. Os vereadores são suspeitos de receber diárias de viagem de forma irregular.

Na liminar, o juiz tornou nula a decisão dos vereadores, que haviam rejeitado o requerimento. Elas não perdem os cargos. Os supletes assumirão somente para reapreciar o requerimento de abertura de processo de cassação.

Entenda o caso
O Ministério Público pediu a cassação dos parlamentares porque eles teriam recebido dinheiro público para benefício próprio no suposto esquema chamado “farra das diárias”. Eles teriam cursado palestras, seminários e congressos e recebido diárias de viagens em valores considerados exorbitantes.

Câmara não acata pedido de afastamento de vereadores em Guaxupé (MG) (Foto: Reprodução EPTV)Câmara não acata pedido de afastamento de vereadores em Guaxupé (MG) (Foto: Reprodução EPTV)


Os vereadores teriam conseguido o montante fazendo mudanças em leis municipais. Em uma das alterações, o número de diárias passou a ser ilimitado. Em outra, houve a mudança do termo “capital federal” para apenas capitais, de forma que as diárias para qualquer capital do país ficassem mais altas que antes.

Outro fato que chama a atenção seria o conteúdo dos cursos. Alguns vereadores fizeram cursos de fiscalização de ar condicionado, vasilhames e computadores e limpeza de móveis, banheiros e eletrodomésticos.

No dia 29 de fevereiro, a Câmara de Guaxupé não atendeu ao pedido do Ministério Público de afastamento dos vereadores. O pedido solicitava a abertura de processo de cassação dos vereadores, incluindo o atual presidente da casa, Durvalino Gôngora de Jesus. De acordo com o MP, João Fernando de Souza, que seria o único fora do suposto esquema, deveria assumir a presidência e nomear os 12 suplentes para dar início ao processo.

Fonte: G1 Sul de Minas/EPTV