Cidade concentra 30% da produção nacional de malhas de tricô.
As peças estão mais leves e modernas, com franjas, desenhos étnicos e mistura com outros tipos de materiais, mas mantêm a aparência de proteção e sofisticação que garantem o charme do guarda-roupa típico de inverno. Essa é a coleção 2016 que lojistas e fabricantes apresentam, oficialmente, a partir desta quinta-feira (26) no Festival de Malhas de Jacutinga (MG). Na Fest Malhas, casacos, capas e ponchos estão no centro das atenções.
Há quatro anos, o lançamento de uma série de casaquetos inspirados na estilista francesa, e ícone da história da moda, Coco Chanel tornou-se especialidade da malharia de Janaína Soléo Vidal Corrati. O modelo de casaco acinturado, aliado a fios, texturas e aplicações diferentes, virou sucesso de vendas por se adaptar bem a qualquer época do ano. Agora, ela conta, é a vez dos ponchos conquistarem os clientes.
"Tem tido uma boa aceitação, especialmente com essa coisa étnica. Não estamos tendo o melhor dos invernos [por causa das dificuldades econômicas enfrentadas pelo país], mas está sendo positivo. Conseguimos criar uma boa coleção, mantendo qualidade e um preço acessível. Não temos do que reclamar, não", garante.
Na loja gerenciada por Silene Prado Lucchesi, as roupas masculinas seguem tendências semelhantes. "Sempre apostamos em fios diferenciados, que dão maior conforto, porque essa é uma exigência dos homens. Mas hoje, além do conforto, o homem anda na moda. Então o casaco ou a blusa sempre trazem padronagens legais, com desenhos, listras", mostra. "O azul, o cinza, os tons terrosos são as cores mais procuradas na estação tanto pelos homens quanto pelas mulheres e trouxemos isso para a loja." Franjas continuam
Segundo a estilista Michele Ribeiro da Silva, os trabalhos feitos em malhas de tricô em Jacutinga ganharam uma versão mais despojada neste ano, embora algumas peças tradicionais, como o sobretudo (também conhecido como "trench coat"), ainda estejam presentes nas coleções.
"Esses casacos, que são mais quentes, pesados e longos, voltaram para a gente, embora sejam uma surpresa", observa. "Com base no que foi destaque no inverno de Nova York [EUA] e Europa, que são nossas referências em moda, a grande aposta são as peças desconstruídas, mais soltas, largas, sem silhueta marcada, muitas vezes com uma ponta maior. Então temos casacos, ponchos e capas com esses detalhes", explica Michele.
Há quatro anos, o lançamento de uma série de casaquetos inspirados na estilista francesa, e ícone da história da moda, Coco Chanel tornou-se especialidade da malharia de Janaína Soléo Vidal Corrati. O modelo de casaco acinturado, aliado a fios, texturas e aplicações diferentes, virou sucesso de vendas por se adaptar bem a qualquer época do ano. Agora, ela conta, é a vez dos ponchos conquistarem os clientes.
"Tem tido uma boa aceitação, especialmente com essa coisa étnica. Não estamos tendo o melhor dos invernos [por causa das dificuldades econômicas enfrentadas pelo país], mas está sendo positivo. Conseguimos criar uma boa coleção, mantendo qualidade e um preço acessível. Não temos do que reclamar, não", garante.
Na loja gerenciada por Silene Prado Lucchesi, as roupas masculinas seguem tendências semelhantes. "Sempre apostamos em fios diferenciados, que dão maior conforto, porque essa é uma exigência dos homens. Mas hoje, além do conforto, o homem anda na moda. Então o casaco ou a blusa sempre trazem padronagens legais, com desenhos, listras", mostra. "O azul, o cinza, os tons terrosos são as cores mais procuradas na estação tanto pelos homens quanto pelas mulheres e trouxemos isso para a loja." Franjas continuam
Segundo a estilista Michele Ribeiro da Silva, os trabalhos feitos em malhas de tricô em Jacutinga ganharam uma versão mais despojada neste ano, embora algumas peças tradicionais, como o sobretudo (também conhecido como "trench coat"), ainda estejam presentes nas coleções.
Jacquard e cores variadas
"Além disso, o jacquard [padrão ou desenho criado por meio do entrelaçamento de fios], que esteve presente na coleção 2015, tornou-se uma tendência mais forte este ano, trazendo os temas étnicos. As franjas também continuam com muita força", aponta a estilista.
Nas cores, a cartela variada reforça nas peças o estilo despojado. "Você tem o branco e o preto, juntos ou separados, o off white, o carmim, o roxo, o castanho e os tons de cinza, nude, azul e terrosos", orienta Michele.
Moda para o ano todo
Dennys Bandeira, presidente da associação local do comércio e indústria (Acija), diz que as roupas produzidas na cidade têm sido cada vez mais pensadas fora da lógica climática.
"A expectativa era que esse ano o inverno viesse mais cedo", observa, lembrando que o frio começou a ser sentido no Sul de Minas poucos dias antes do início da feira e no final do outono. "Com as mudanças no clima, as roupas são pensadas para serem leves. Temos vestidos em tricô e casacos que são feitos com pontos mais largos, que dão essa leveza junto com tranças e os rendados. A moda que as pessoas vão encontrar aqui é a moda para usar o ano inteiro", aposta.
Com cerca de 22 mil habitantes, Jacutinga é responsável por 30% da produção nacional de malhas e pela geração de 3 mil empregos diretos e indiretos apenas para a temporada de inverno, de acordo com a Acija. São quase 1,2 mil fábricas e 750 lojas produzindo anualmente 30 milhões de peças. Durante a Fest Malhas, que segue até 12 de junho, estima-se que 5 milhões de peças sejam comercializadas, com cerca de 170 mil visitantes.
"Jacutinga dita moda e com a feira a gente vai mostrar que a malha está, não só nas roupas e nos acessórios, mas também na decoração", garante a coordenadora do evento, Ana Paula de Melo Pieroni. "Estamos com 70 estandes e a decoração do pavilhão, como tapetes e bancos, são de malha de tricô. Queremos fazer com que o nosso produto não seja mais sazonal [restrito a uma época do ano]."
Serviço
39ª Fest Malhas de Jacutinga
Quando: até 12 de junho
Onde: Pavilhão central, na Rua Professor Felipe Augusto Wolf, Centro
Horários: de segunda à quinta-feira, das 8h às 19h; sábados, domingos e feriados, das 8h às 20h.
Desfiles: aos sábados, domingos e no feriado.
Entrada franca.
"Além disso, o jacquard [padrão ou desenho criado por meio do entrelaçamento de fios], que esteve presente na coleção 2015, tornou-se uma tendência mais forte este ano, trazendo os temas étnicos. As franjas também continuam com muita força", aponta a estilista.
Nas cores, a cartela variada reforça nas peças o estilo despojado. "Você tem o branco e o preto, juntos ou separados, o off white, o carmim, o roxo, o castanho e os tons de cinza, nude, azul e terrosos", orienta Michele.
Moda para o ano todo
Dennys Bandeira, presidente da associação local do comércio e indústria (Acija), diz que as roupas produzidas na cidade têm sido cada vez mais pensadas fora da lógica climática.
"A expectativa era que esse ano o inverno viesse mais cedo", observa, lembrando que o frio começou a ser sentido no Sul de Minas poucos dias antes do início da feira e no final do outono. "Com as mudanças no clima, as roupas são pensadas para serem leves. Temos vestidos em tricô e casacos que são feitos com pontos mais largos, que dão essa leveza junto com tranças e os rendados. A moda que as pessoas vão encontrar aqui é a moda para usar o ano inteiro", aposta.
Com cerca de 22 mil habitantes, Jacutinga é responsável por 30% da produção nacional de malhas e pela geração de 3 mil empregos diretos e indiretos apenas para a temporada de inverno, de acordo com a Acija. São quase 1,2 mil fábricas e 750 lojas produzindo anualmente 30 milhões de peças. Durante a Fest Malhas, que segue até 12 de junho, estima-se que 5 milhões de peças sejam comercializadas, com cerca de 170 mil visitantes.
"Jacutinga dita moda e com a feira a gente vai mostrar que a malha está, não só nas roupas e nos acessórios, mas também na decoração", garante a coordenadora do evento, Ana Paula de Melo Pieroni. "Estamos com 70 estandes e a decoração do pavilhão, como tapetes e bancos, são de malha de tricô. Queremos fazer com que o nosso produto não seja mais sazonal [restrito a uma época do ano]."
Serviço
39ª Fest Malhas de Jacutinga
Quando: até 12 de junho
Onde: Pavilhão central, na Rua Professor Felipe Augusto Wolf, Centro
Horários: de segunda à quinta-feira, das 8h às 19h; sábados, domingos e feriados, das 8h às 20h.
Desfiles: aos sábados, domingos e no feriado.
Entrada franca.