O mapa aponta os bairros com a maior incidência da doença. Nestes locais, o trabalho de combate à doença foi reforçado. O mutirão de limpeza agora passa duas vezes na semana e o número de agentes também aumentou. Um dos moradores, no entanto, diz que mesmo assim fica difícil controlar a reprodução do mosquito, porque nem todo mundo faz a sua parte.
"Toda semana tem lixo aí. Eu sempre capino isto aqui, eu sempre ajudo a cuidar, mas [se] só eu ajudar, não tem jeito", diz o salgadeiro Éverton Alfredo Maranesi.
Na segunda quinzena de maio, houve um aumento de 10% no número de casos em relação ao mês de abril e, por semana, são notificadas 200 novas suspeitas de dengue na cidade.
"É um número muito alto. A gente tem um conhecimento disto, até porque a gente está intensificando nossos trabalhos, mobilizando a população de modo geral, para abaixar este índice", conta Edmauro Pereira, mobilizador social da Secretaria de Saúde.
Até os funcionários da Copasa estão distribuindo panfletos alertando sobre o risco da doença enquanto fazem a leitura dos hidrômetros. "Todo mês eles estão presentes em todos os domicílios do município, eles aproveitam e fazem esta campanha, entregando a mala direta e conscientizando nossos clientes", diz o gerente regional da Copasa, Marco Aurélio Ribeiro.
A cuidadora de idosos Simone da Silva Lopes foi buscar atendimento médico. É a segunda vez que ela tem dengue em menos de quatro meses. "Tem que combater mesmo, conscientizar as pessoas. A gente que passa por isto, sabe o que está passando, é horrível. Eu não desejo para ninguém", afirmou.
Fonte: G1 Sul de Minas / EPTV