Casal procura por doador de 30% de um fígado, para salvar a vida da filha de 5 anos


O casal milita na saúde. Ela trabalha no Hospital São Francisco de Assis Três Pontas e ele em dois hospitais na cidade de Varginha. Apesar dos estudos exigidos para a profissão, eles nunca imaginaram que precisariam conhecer a fundo uma doença desconhecida e primária, chamada de Atresia de vias biliares – uma colestase do recém nascido ou do lactente causada pela obstrução adquirida das vias biliares extra hepáticas. A mãe Adriene Patrícia Ferreira (38) e o pai Claudinei de Lurdes Pires (39),
Maria Luiza precisa de uma parte de fígado para sobreviver
Maria Luiza precisa de uma parte de um fígado para sobreviver
contam que Maria Luiza Ferreira Pires que hoje está com 5 anos de idade fez uma cirurgia, chamada de kasai, quando tinha apenas dois meses de vida. Ela é necessária para dar uma chance de vida à pequena e esperar o tempo certo para um transplante. A hora é agora, já que Maria Luiza está com a saúde bastante comprometida e muitas complicações já a deixaram debilitada. Maria desenvolveu uma cirrose no fígado o que acabou complicando outros órgãos. Ela tem hipertensão portal, que é a pressão alta do sangue na veia porta, que causa as varizes de esôfago que pode causar uma hemorragia e provocar a morte. Suas plaquetas estão em um nível muito abaixo do normal. Elas deveriam estar dentro da referência entre 150 mil a 450 mil, mas está com 30 mil, o que pode provocar uma hemorragia. Com a amônia 96 em um nível muito alto, Maria Luiza também pode entrar em coma.


A família corre contra o tempo e busca um doador ou uma doadora de uma parte de um fígado. A mensagem com o pedido de ajuda nas redes sociais, já foram compartilhadas milhares de vezes, por membros da família, amigos e até de gente desconhecida, afim de propagar a notícia e encontrar um doador compatível. Geralmente conta a mãe, são retirados 30% do órgão. Isto é capaz de salvar a vida da menina e devolver a tranquilidade dos pais que não conseguem pensar em outra coisa. O doador precisa ter entre 18 e 45 anos, ter sangue O positivo ou negativo, gozar de boa saúde, não ter nenhuma doença, não fumar e se beber socialmente é preciso parar. Quem se enquadrar é preciso passar por exames de sangue e de imagens no Hospital AC Camargo em São Paulo (SP). O Hospital é particular, trata do câncer, é referência neste tipo de casos, mas atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS).




É obrigatório que além do doador querer e estar disposto a uma cirurgia de grande porte, a família também autorize, se não, a equipe médica não realiza o procedimento.

Maria Luiza está na fila de transplantes que é única e enorme em todo o Brasil, mas por alguns quesitos a menina ficou mal colocada e a espera pode custar sua vida.

Os pais são incompatíveis para doar. Todos das famílias dos pais já fizeram exames. Aqueles que poderiam doar, tiveram problemas de saúde e foram descartados.

Para saber se você pode ajudar entre em contato pelos telefones: 99965-5535 /99944-4347 / 99929-3782.

TRANSPLANTE BEM SUCEDIDO
A mãe Adriene recebeu uma foto de outra mãe de Rio Verde em Goiás que o filho de 11 meses tem o mesmo problema e já foi transplantado. Neste caso, a própria mãe foi compatível e fez a doação. A cirurgia foi bem sucedida e aconteceu na última segunda-feira (14) no Hospital AC Camargo. A criança passa bem, ainda não recebeu alta, mas já recebe todo o carinho da mãe. “É um verdadeiro renascimento”, se emociona Adriene ao ver a outra mãe toda feliz.

Fonte: Equipe Positiva