Há quem enfrentou mais de 24 horas na fila para garantir descontos.
O dia tradicional de liquidação durante o mês de janeiro ocorre nesta sexta-feira (8), mas desde a manhã de quinta-feira (7), alguns consumidores já lotavam as portas das lojas para garantir um bom lugar e conseguir o produto desejado a um preço mais baixo. Para isso, vale criar estratégias para driblar a espera, além de aguentar a fila com disposição.
A promoção já se tornou comum no país e é feita há mais de 20 anos em quase 800 lojas espalhadas pelo Brasil. A loja é aberta às 6h e durante todo o dia, consumidores lotam o ambiente em busca de ofertas.
Em Poços de Caldas (MG), uma loja de departamentos do Centro da cidade ficou fechada durante toda quinta-feira, mas isso não significou folga para os funcionários. Conforme explicou o gerente, Carlos Bertoldi, eles correram para remarcar os preços dos produtos. “Nós temos que prestigiar quem vem, fica na fila e aguenta para comprar, né?”, destacou.
Os vendedores já estão acostumados a lidar com os consumidores desesperados e o cansaço. A vendedora Karen dos Santos Luiz tem uma estratégia para conseguir descansar na véspera da liquidação. Ela desliga o celular. “Senão eu não tenho sossego. É muita gente perguntando, porque a promoção é verdadeira, né? Mas eles querem saber o preço e não podemos falar”, contou.
Os descontos variam entre 5% e 70% em eletrodomésticos, itens de cozinha e brinquedos. Uma das principais ofertas é a panela de pressão por R$ 15. Há também geladeira e lavadora de roupas de R$ 1.300 por R$ 900.
No entanto, a promoção só vale para os produtos que estão no mostruário das lojas, ou seja, algumas pechinchas são raras, como uma TV de LED de 32 polegadas. O desconto é de quase R$ 300, mas só tem uma peça.
As lojas lembram que os pagamentos têm que ser à vista. A promoção, segundo a rede, só não supera o faturamento do Natal e do Dia das Mães.
Para conseguir o que quer, Jéssica Oliveira, que vai se casar em breve e quer mobiliar a casa nova entrou na fila na véspera e conseguiu garantir o primeiro lugar. “Eu espero que valha a pena o sacrifício. Fiquei 24 horas aqui”, disse.
Já a cuidadora de idosos Cleuza Maria Pereira se preparou e enfrentou toda a madrugada. Na roupa ela levou roupa de frio, lanche e o mais importante: “eu faço um cofrinho e hoje vim. É um ano todo guardando o dinheiro”, relatou.
Fonte: G1 Sul de Minas