Os estudantes atuam sob a orientação, em pessoa, de Manoel Francisco de Paiva, professor titular de Infectologia da Faculdade de Ciências da Saúde – Medicina (Facimpa) da Universidade do Vale do Sapucaí (Univas). O próprio doutor Manoel também atende os presos. Apenas os casos de maior complexidade são encaminhados para o Hospital das Clínicas Samuel Libânio, da Univas.
Mas as visitas da turma do doutor Manoel têm outra consequência importante, a redução de custos com combustível e com mobilização de agentes. “Mensalmente deixamos de fazer cerca de 120 escoltas para hospitais ou postos de saúde. Isso representa segurança e economia”, enfatiza o diretor Sérgio.
Para o doutor Manoel, o atendimento aos presos tem um significado ainda mais valioso. Ele observa que os alunos ganham não só formação acadêmica, mas também responsabilidade social. “A experiência humana é riquíssima, algo imprescindível na formação de um médico”, acrescenta.
Não por acaso, há um interesse enorme dos estudantes em participar do trabalho no presídio. Foi preciso fazer um rodízio para garantir o máximo de vagas para alunos da disciplina.
O atendimento médico regular e de bom nível trouxe tranquilidade para a população do presídio. “Confio nos jovens médicos, sempre fomos respeitados e bem tratados”, justifica Clóvis Retuci, de 48 anos de idade. Ele passou por uma pequena intervenção cirúrgica na cabeça e atualmente está tratando de uma perna que apresenta sequela de um acidente de carro.
Por Bernardo Carneiro
Crédito foto: Marcelo SantAnna / Imprensa MG
Agência Minas