Larissa Gonçalves de Souza, estudante de biomedicina sequestrada e morta em Extrema, no Sul de Minas (Foto extraída do Facebook)
O caso do desaparecimento da estudante Larissa Gonçalves de Souza, de 21 anos, em Extrema, no Sul de Minas, ganhou a mídia nacional. A jovem foi vista pela última vez no dia 23 de outubro na rodoviária daquela cidade onde embarcaria para Bragança Paulista (SP), como fazia diariamente, já que ela estudava naquela cidade paulista. As câmeras de monitoramento gravaram Larissa estacionando seu automóvel, um Fiat Siena vermelho, placas CWH-2358, de Extrema, em seguida, sendo abordada por um casal que a colocou novamente dentro do carro e desapareceu em seguida. Mais tarde seu carro foi encontrado abandonado num bairro de Extrema. Começava então um grande mistério para a Polícia Civil daquela cidade, desvendar.
Ontem a Delegacia de Polícia Civil de Extrema recebeu a informação de que um corpo em avançado estado de decomposição foi encontrado numa estrada vicinal na serra da Mantiqueira. O corpo estava amarrado com os braços e as pernas amarradas com fios de cobre. Parte do corpo estava dentro de uma grande sacola plástica. A Polícia Civil de Extrema constatou se tratar de Larissa, a jovem que estava desaparecida desde 23 de outubro. Imediatamente o delegado responsável pelas investigações mandou cumprir um mandato de prisão preventiva do suspeito José Roberto dos Santos Freire, de 36 anos, homossexual que estava sendo investigado desde o início.
Na delegacia, José Roberto, que tem uma loja e uma agência de modelos, confessou que matou Larissa porque ela descobriu que ele e o namorado de Larissa, Lucas Gamero, tinham um relacionamento amoroso. Os investigadores da Polícia Civil encontraram, na casa do suspeito, o aparelho celular de Larissa e restos do fio de cobre que foi usado para imobilizar a vítima. José Roberto confessou, ainda, que contratou um casal em São Paulo para matar a jovem, disse que levou o casal até a rodoviária de Extrema, os dois abordaram Larissa e a colocaram no carro, em seguida, foram para a casa de José Roberto, onde executaram a moça. Ele e o casal colocaram o corpo dentro do porta-malas do carro e foram para a serra da Mantiqueira, onde abandonaram o corpo.
Ontem, informações começaram a circular pelo WhatsApp, com fotos, da movimentação de polícia na cidade, do encontro do corpo e sobre o envolvimento do empresário com o namorado da estudante. As informações levaram as pessoas a se dirigirem para a porta da loja "Freire Grife", que fica no centro da cidade e é de propriedade do suspeito. Apesar dos esforços da Polícia Militar, a loja foi depredada: quebraram vitrines, jogaram móveis, manequins e roupas para a rua e atearam fogo, muitas roupas e assessórios foram saqueados. Os ânimos acirraram com a chegada de policiais militares de cidades da região para reforçar o policiamento em Extrema.
O namorado de Larissa trabalhava na loja e era um dos modelos da agência Freire Models, de propriedade do suspeito.
Fonte: Jornal de Lavras