Após ataques, familiares se preocupam com sulmineiros em Paris

Fotógrafa e dançarina de Varginha (MG) estão na França e relatam tensão.
Preocupação é com possíveis terroristas ainda soltos pelas ruas da cidade.



Após a morte de 129 pessoas em Paris, na França, durante ataques terroristas na última sexta-feira (13), moradores do Sul de Minas que têm familiares no país estão preocupados e contam como foram os momentos de tensão logo após receberem a notícia. O desafio agora é estabelecer contato frequente e driblar a saudade e a insegurança.

O atentado aconteceu durante a noite de sexta-feira em Paris, quando pelo menos cinco pontos de grade movimentação na cidade foram atacados por terroristas armados e com bombas. Além dos 129 mortos, mais de 350 pessoas ficaram feridas. O local com maior número de vítimas foi a casa de shows Bataclan, que estava lotada. O grupo radical Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado.

“Os amigos daqui que estavam na rua na sexta-feira acabaram ficando na rua, ‘presos’ em restaurantes, deitados no chão, no escuro”, disse a fotógrafa Vanessa Geradeli, que é de Varginha(MG) e desde junho deste ano mora em Paris.

A mãe dela, Simone Paiva Ribeiro Geradeli, ficou aliviada por receber notícias, mas ao mesmo tempo, angustiada pela situação. “Ela está tão bem lá, feliz numa cidade tão linda e aí acontece uma tragédia dessa, a gente fica inseguro né? Nossa vontade é ir para lá e dar um suporte para ela, porque é realmente muito ruim ficar longe, sabendo que minha filha está sozinha e não pode sair de casa”, disse.

Quem também está preocupada é a cabeleireira Sílvia Pontes. Ela tem uma filha , Letícia Pontes, que faz parte de um grupo de dança e que no momento do atentado, se apresentava em uma casa de shows próxima ao Bataclan, onde os terroristas atacaram.

“Minha filha está bem, mas ainda não sabemos como serão os próximos dias. Nós nos falamos e ela disse que quando ocorreu o atentado, ela precisou pedir ao marido para buscá-la, já que o clima no local era horrível, as linhas de trem foram paralisadas. Ela disse que tinha um clima de guerra, com gente na rua sendo atendida pelos médicos”, comentou.

Entretanto, a jovem que está em Paris está preocupada com a possibilidade de outros terroristas ainda estarem na cidade. “Eles encontraram um carro aqui repleto de metralhadoras e estão investigando para ver se descobrem alguma ligação com o Estado Islâmico. Acham que muitos terroristas ainda estão soltos na região parisiense”, disse a jovem, por meio de um vídeo enviado à mãe.

A situação, agora, só aumenta a saudade. “Não vejo a hora de estarmos todos juntos”, acrescentou Sílvia.
“Não vejo a hora de estarmos todos juntos”, disse a cabelereira Sílvia Pontes (Foto: Reprodução EPTV)









Não vejo a hora de estarmos todos juntos”, disse a cabelereira Sílvia Pontes (Foto: Reprodução EPTV)
Fonte: G1 Sul de Minas