Em São Paulo, uma lei municipal que começou a ser aplicada em abril deste ano determina que os supermercados da capital só podem usar sacolas plásticas verdes. O estabelecimento que desrespeitar a lei estará sujeito a uma multa de até R$ 2 milhões. Alguns estabelecimentos estão cobrando R$ 0,10 por sacola utilizada pelo cliente. Produzidas com matéria-prima renovável, a nova sacola é considerada menos nociva ao meio ambiente e um pouco mais cara, segundo os comerciantes. As novas regras causou divergências entre comerciantes, consumidores e ambientalistas, mas, de acordo o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, “esse projeto é muito importante para nós porque vai criar uma mentalidade nova na cidade”.
Mudanças de cultura em relação ao meio ambiente precisam, de fato, ser concretizadas para que ações efetivas aconteçam. Ninguém contesta a realidade de que o brasileiro precisa passar por uma mudança de paradigma em relação às ações ambientais. O ideal, por exemplo, é o uso da sacola retornável, pois com ela não há necessidade de sacolas de plástico. Mas a mudança de paradigma ainda está longe de acontecer. Bruno Dixini, presidente da Rede Giroforte, comenta: “já fizemos dois tipos de sacolas retornáveis, em duas épocas distintas. E para ser bem sincero, é muito raro alguém trazer essas sacolas retornáveis para embalar as próprias compras”.
Dixini diz mais em relação a essas mudanças. “Essa é uma briga que não pode ser comprada somente pelos supermercados, e sim por todas as pessoas, através de conscientização das famílias e comunidades. Os supermercados sozinhos não são capazes de mudar o costume da população. Mas estamos dispostos a participar de programas em conjunto com outros segmentos para melhorar a consciência da população de nossa região”. A Rede Giroforte possui 19 lojas em 13 cidades da região sul do estado de Minas Gerais.
Para a rede supermercadista, a cidade de São Paulo está no caminho certo, mas se tratando da região em que a Rede está inserida, é preciso ter prudência, pois a cultura é bem diferente. “Temos que ser cautelosos na implantação dessas políticas, mas somos plenamente a favor da preservação do meio ambiente e procuramos sempre economizar na quantia de sacolas por cliente para não poluir muito. Mesmo assim, nossas sacolas são oxibiodegradáveis, o que possibilita que elas se degradem com maior rapidez”, finaliza Dixini.
Eliana Sonja