O trabalho é coletivo. No atelier, 10 presas se dedicam ao acabamento e à montagem, na parte masculina da unidade prisional 30 presos trabalham dentro das celas nas etapas iniciais da produção dos objetos. Eles dobram jornais, enrolam as folhas e fazem protótipos de várias peças.
Com o olhar atento, a artesã Wanda Oliveira circula entre as presas. Graduada no curso Normal Superior, ela se especializou em artes e há cinco anos dá aulas para as detentas “A gente cria um vínculo afetivo com estas pessoas e percebo o quanto a mudança destas mulheres é grande” diz.
Ana Paula da Cunha, 30 anos, trabalha no ateliê há quase dois anos. Segundo ela, a pena de quatro anos de reclusão passou a ser mais leve. “O ateliê me ajuda a desenvolver outras habilidades. Além de ocupar a nossa mente, ajuda a passar o tempo, já que não ficamos ociosas o dia inteiro. Muitas coisa que aprendi aqui vou poder fazer lá fora”, diz a detenta, que está prestes a obter o livramento condicional, acelerado pela remição da pena, que é reduzida em um dia a cada três de trabalho.
Com informações da Agência Minas