O pedido de um juiz para cortar sete palmeiras imperiais que ficam em frente ao fórum tem gerado polêmica em Paraisópolis (MG). A decisão foi tomada após um advogado ser atingido por uma folha da árvore, que caiu no momento em que ele passava, e desde então, o juiz considerou que elas causam risco de acidentes. Os moradores se manifestaram nas redes sociais contra o corte e querem impedir a ação. A sugestão de cortar as palmeiras partiu de um advogado de Conceição dos Ouros (MG), que foi atingido por uma folha no momento em que entrava no fórum. Ele fez uma reclamação ao juiz, que entendeu que as palmeiras oferecem risco às pessoas. Através de um ofício, o juiz Fábio Aurélio Marchello - que atualmente está em férias - pediu ao Conselho Municipal de Meio Ambiente (Codema) permissão para fazer o corte e o órgão autorizou. “A gente foi até o local, conversou com as pessoas que trabalham no local, os quais também afirmaram que realmente aquelas folhas caem e que podem a qualquer momento causar um acidente. Em função disso, o conselho opinou pela retirada das árvores”, explica o secretário de meio ambiente e membro do Codema, Geraldo Costa Goulart. A notícia de que as palmeiras seriam cortadas correu a cidade e tomou conta das redes sociais. Segundo o jornalista Felipe Souza Machado, a maior parte da população é contra. “Não ouvi nenhuma pessoa que é a favor deste corte e eu acho que não é necessário, porque as palmeiras estão nesse local há décadas. Acredito que com uma manutenção correta, evitaria um suposto perigo para os transeuntes que passam embaixo dela”, conta. |
O engenheiro agrônomo Paulo Maurílio afirma que as árvores estão saudáveis e jovens, e que não deveriam ser sacrificadas porque estão cumprindo uma ordem natural, que é trocar as folhas. “É um argumento totalmente descabido e o que a gente conseguiu saber numa reunião que tivemos aqui no fórum semana passada foi que, nesses quase 40 anos, o que houve foram três sustos”, completa.
Patrimônio natural
Sebastião Agripino Teixeira afirma que para cortar as palmeiras é preciso a autorização de outro conselho: o de patrimônio histórico municipal. Apesar das árvores estarem dentro de uma área que pertence ao governo do estado, elas são protegidas pela mesma lei que tombou o prédio da prefeitura da cidade.
“O fórum não é um bem tombado, mas ele pertence ao entorno da prefeitura, portanto nós deveríamos ser consultados quanto a qualquer alteração no entorno ou no bem tombado”, explica o presidente do conselho.
Decisão
Segundo o secretário de Meio Ambiente, uma reunião na quinta-feira (25) vai analisar as propostas dos moradores que querem evitar o corte das palmeiras.
Fonte: G1 Sul de Minas