Profissionais da educação aderem à paralisação nacional no Sul de MG

Funcionários públicos de Poços de Caldas fazem manifestação nesta sexta. Na região, maioria das escolas participa apenas parcialmente do protesto.


Profissionais da área da educação do Sul de Minas aderiram à paralisação nacional. Nesta sexta-feira (29), muitos locais não abriram as portas. Em Poços de Caldas (MG), das 11 escolas estaduais, apenas a Escola Estadual David Campista não funcionou, com adesão total de servidores ao movimento.

As demais escolas da cidade paralisaram apenas parcialmente, ou seja, apenas alguns professores aderiram ao protesto e as aulas foram mantidas, mas, em alguns casos, os estudantes foram dispensados mais cedo.

Em Poços de Caldas, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sind-UTE), acompanhado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB) também participaram da paralisação e distribuíram folhetos e exibiram faixas contra o projeto de terceirização que ainda está no senado e contra as medidas provisórias 664 e 665, que estipulam novas regras para acesso a benefícios previdenciários.

No período da tarde haverá também uma panfletagem nas ruas centrais. Ás 17h haverá um novo manifesto organizado por vários sindicatos.

Na Superintendência Regional de Poços ainda há duas escolas fechadas. Uma emBotelhos (MG) e outra em Cabo Verde (MG).


Na região
As superintendências de São Sebastião do Paraíso (MG), Caxambu (MG), Passos (MG) e Campo Belo (MG) informaram que 13 escolas aderiram parcialmente à paralisação. Já nas cidades de Baependi (MG), São Thomé das Letras (MG) e Lavras (MG), três escolas estão totalmente fechadas.

As superintendências de Pouso Alegre (MG), Varginha (MG) e Itajubá (MG) ainda não divulgaram o balanço.

Vale lembrar que os professores e servidores que aderiram à paralisação não terão o dia descontado da remuneração, desde que reponham a carga horária posteriormente.

Universidades e institutos federais
Técnicos administrativos da Universidade Federal de Lavras (Ufla-MG) e da Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG) entraram em greve na quinta-feira (28). A categoria aderiu ao movimento nacional convocado pela Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA). Os servidores pedem reajuste salarial, reestruturação da carreira e aumento de investimentos nas federais.

Já na Unifal, cerca de 10% dos técnicos administrativos aderiram à paralisação nos três campi da universidade. Uma nova assembleia será realizada durante a tarde para decidir medidas a serem tomadas pelos funcionários.

A Universidade Federal de Itajubá (Unifei-MG) e o campus de Pouso Alegre (MG) do Instituto Federal do Sul de Minas (IF Sul de Minas) não aderiram à greve, segundo informações das assessorias de comunicação.


No país
O sindicato nacional dos professores das instituições federais (Andes-SN) organizou o início da greve nas universidades para esta quinta-feira. No entanto, cada uma das universidades deve votar em assembleia local a adesão ou não ao movimento. A greve começou em universidades federais de Alagoas, Amapá, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambucano, Rio de Janeiro, Sergipe, Minas Gerais e Tocantins.

Segundo a entidade, a greve foi aprovada no dia 16 de maio como "o último recurso encontrado pelos docentes para pressionar o governo federal a ampliar os investimentos públicos para a educação pública, e dar respostas ao total descaso do Executivo frente à profunda precarização das condições de trabalho e ensino nas Instituições Públicas Federais".

Ao G1, o Ministério da Educação informou nessa quarta-feira (27) que se reuniu com as entidades em busca de diálogo e foi informado desde o início de que havia data marcada para a greve. "Isto não é diálogo. O diálogo supõe a vontade de ambas as partes de conversar, só recorrendo à greve em último caso", afirmou o ministério.



Fonte: G1 Sul de Minas