Itajubá aposta na criação de DI tecnológico

Ideia é transferir para o empreendimento as empresas que estão em fase de incubação no parque da cidade
Além de universidade federal (Unifei), a cidade é sede da única fabricante brasileira de helicópteros, a Helibras - 
Foto: Alisson J. Silva
Além de contar com um parque tecnológico, Itajubá, no Sul de Minas, também está apostando na criação de um distrito industrial (DI) tecnológico. A ideia é transferir para o novo DI as empresas que estão sendo incubadas dentro do parque. Além disso, o espaço pretende sediar novos empreendimentos de base tecnológica.

"O projeto estrutural do novo distritro tecnológico está em fase de estudos. Embora não fique na mesma área do parque, o terreno deverá abrigar as empresas formadas lá dentro.  uma forma de manter na cidade os talentos desenvolvidos na Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e ainda atrair mais empresas do tipo, aumentando a qualidade dos empregos criados", afirma a diretora de Indústria e Comércio da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Tecnologia (SMCIT) de Itajubá, Maria Sircia de Sousa.

O distrito será erguido em um terreno atrás do Centro Administrativo e contará com aproximadamente 49 lotes, com tamanhos entre 1 mil e 3 mil metros quadrados. Para a secretária, ao aumentar a geração de negócios com alto valor agregado, a cidade vai gerar emprego e renda, além de fomentar o Arranjo Produtivo Local (APL) de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), uma parceria com o governo do Estado, que está em fase de implantação.

Sinergia - Além disso, nesse espaço, as pequenas empresas farão parte do processo de encadeamento produtivo, garantindo a elas maior competitividade no mercado e estreitando a relação entre elas e as grandes empresas. "Já existem interessados em se instalar no local, mas ainda não há nada de concreto", ressalta Sircia.

A representante da prefeitura diz, ainda, que o fomento às áreas de inovação e tecnologia são pilares da atual administração. "A Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Itajubá (Incit) foi reconhecida pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), em 2013, como a melhor incubadora do Brasil", salienta.

O distrito industrial tecnológico vai ajudar a consolidar o Parque Tecnológico de Itajubá, cuja primeira fase de implantação foi inaugurada em 2012, com a construção de alguns prédios dentro da Unifei. Foram instalados centros de pesquisas, como o Centro de Eficiência Energética, Centro de Biomateriais, Centro de Qualidade em Energia e Condomínio de empresas incubadas e graduadas.


Fiemg - A cidade também vai abrigar o Instituto Senai de Inovação, uma parceria entre a prefeitura, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). O terreno onde será construído o empreendimento já foi doado pela administração municipal e a construção do prédio, que ficará a cargo dos parceiros, deve começar em breve.

O instituto abrigará mais de dez laboratórios de testes na área de eletricidade, sendo que um deles será o único na América Latina a contar com gerador de curto circuito de 2.200 MVA (dois equipamentos).

Itajubá abriga também a única fabricante brasileira de helicópteros, a Helibras. Além disso, está em implantação no município o Centro de Tecnologia de Helicópteros (CTH). O objetivo é desenvolver no local a primeira aeronave com tecnologia totalmente brasileira e consolidar a implantação de um complexo aeronáutico em Minas.

O desenvolvimento do setor aeronáutico mineiro, em especial na região de Itajubá, foi catalisado pelo contrato de aquisição de aeronaves de asas rotativas EC-725, assinado entre o comando da Aeronáutica e a Helibras, em 2009. Na época, a Helibras contava com pouco mais de 200 funcionários, hoje são aproximadamente 600 trabalhadores.

Fonte: Diário do Comércio