No ano de 2014, a cobertura foi superior a 90%, quando foram vacinadas as meninas de 11 a 13 anos, sendo a primeira dose aplicada nas escolas publicas e municipais de Caxambu. O aumento no numero de recusas a vacina se deve por conta das noticias divulgadas pela mídia nacional com relação as reações adversas que algumas meninas apresentaram na ocasião e em outros municípios.
Em 2014, quando da aplicação desta vacina foram notificados eventos adversos tais como dor de cabeça, tonturas, desmaios, falta de ar, fraquezas nas pernas sem que nenhuma alteração clínica ou laboratorial fosse identificada. Esses eventos foram notificados em algumas escolas, em outros estados ou municípios e estão relacionados à reação de ansiedade pós-vacinação.
A síncope mais frequente em adolescentes e adultos jovens é a Síncope Vasovagal, particularmente comum em pessoas com alguma labilidade emocional. Geralmente, há algum estímulo desencadeante como dor intensa, expectativa de dor ou um choque emocional súbito. Vários fatores, tais como jejum prolongado, medo da injeção, locais quentes e superlotados, permanência de pé por longo tempo e fadiga, podem aumentar a probabilidade de sua ocorrência. Este quadro clínico não é atribuído à vacina HPV, já que pode ser observado na administração de outras vacinas ou de outros medicamentos injetáveis.
Tanto em 2014, como em 2015 o evento mais comum identificado entre as meninas que receberam a vacina em Caxambu, foi a dor no local da aplicação, fato este que é comum nesta e em várias outras vacinas e a recomendação neste caso é para que se faça aplicação de gelo ou água gelada no local enquanto for necessário, e a melhora do quadro se dá dentro de 24 a 48 horas.
Outro motivo que pode ter levado ao aumento de recusa pela vacina é a preocupação das famílias em vacinar essa faixa etária e haver uma possível mudança no comportamento sexual dessas adolescentes que influenciadas pela vacina, poderiam se sentir estimuladas a iniciar mais precocemente sua vida sexual, contudo, estudos mostram que a melhor ocasião para a vacinação contra o HPV é efetivamente na faixa etária de 9 a 13 anos, antes do inicio da atividade sexual e enquanto os pais ainda mantém o hábito de levar os filhos para tomar outras vacinas administradas nesta idade. Além disso, é nessa época da vida, que a vacinação proporciona níveis de anticorpos muito mais altos que a imunidade natural produzida pela infecção do HPV, e também é mais elevada que em faixas etárias maiores.
A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Mas também pode ser transmitida, durante o parto ou, através de instrumentos ginecológicos não esterilizados. A forma mais eficiente de se prevenir é tomando a vacina e usando preservativos durante a relação sexual.
A vacina está disponível na Policlínica, de 2ª a 6ª-feira, das 08:00h às 16:00h, para as meninas de 09 a 13 anos, 11 meses e 29 dias que ainda não foram vacinadas, sendo necessárias 3 doses com intervalos agendados pela unidade de saúde e é importante levar o Cartão de Vacinas.
Enfª Maria Fátima
Secretaria de Saúde de Caxambu/ Setor de imunização