O Brasil abateu 33,907 milhões de cabeças de gado em 2014 – 1,5% abaixo do recorde histórico alcançado em 2013, de acordo com as Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha.
A produção foi de 8,063 milhões de toneladas de carcaças bovinas em 2014 – queda de 1,3% em relação ao ano anterior. “Essa perda tem ligação com a alta do preço ao consumidor, que substituiu a carne bovina pela carne suína e a de frango. A estiagem também prejudicou a área de produção, a qualidade das pastagens, o que pode atrasar ou fazer o criador não ter o produto com peso adequado para mandar para o abate”, explicou Octávio de Oliveira, pesquisador da Coordenação de Agropecuária do IBGE.
As carnes ficaram 22,21% mais caras ao consumidor em 2014, o que levou o item a exercer o maior impacto sobre a inflação oficial no ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também do IBGE. Diante no custo mais alto, as famílias aumentaram a demanda por carne suína e frango, impulsionando o abate desses animais para patamares recordes na série histórica iniciada em 1997.
Os produtores contabilizaram 37,118 milhões de suínos abatidos no ano passado – alta de 2,3% em relação 2013. Já o abate de frangos chegou a 5,496 bilhões de unidades – um avanço de 1,9% no período. “O frango é a principal carne substituta da carne bovina”, apontou o pesquisador Oliveira.
E ainda acrescentou: “Embora a exportação de frangos tenha aumentado no ano passado, o resultado, com certeza, foi mais impulsionado pela elevação no consumo interno deste tipo de carne”.
Fonte: www.otempo.com.br