Os animais têm um novo acolhimento nas ruas da cidade. Potes com ração e água e até mesmo casinha para tirar um cochilo estão espalhados pela cidade para dar um pouco mais de conforto aos animais de rua.
A campanha foi iniciada por Denise Lage, lançada depois na rádio e teve a adesão de muitos moradores e comerciantes.
O objetivo da iniciativa, segundo Denise, não é só dar comida e água, mas sim um novo olhar para o animal abandonado. “A campanha não é só na ação, ela é também na conscientização de que o animal é fruto de uma sociedade e também uma vitima”, declarou a impulsionadora da campanha.
Denise Lage é uma das fundadoras do projeto Patrulha Animal. “O trabalho do Patrulha é pegar o animal, cuidar, tratar, vacinar, castrar e encontrar para ele uma família. A gente não prende os animais, porque eu acho que esconder da vista do público não é a solução. Queremos resolver o problema e não escondê-lo”.
Há ainda animais que não são adotados por alguma família, ou porque não têm o perfil adequado ou porque realmente já estão muito acostumados com as ruas. “Temos animais que são chamados animais de comunidade. Eu tenho uma verdadeira “freguesia” aqui. O que eu faço? Eu pego o animal, eu trato, castro e vacino. Se eu conseguir colocar numa família, eu coloco. Se não eu devolvo para rua. Às vezes o animal tem um perfil muito difícil para ser colocado em família e tem animais que já são acostumados à rua. Cada caso é um caso. Agora, filhotes, mamãe grávida, animais que têm possibilidade de adoção a gente recoloca em família”, garante Denise Lage.
O Patrulha Animal nasceu no carnaval de 2014, com um grupo de amigos que começou a ter um olhar diferente para os animais da cidade, despertado pela morte de um cavalo no meio da D. Pedro II, que aconteceu no ano passado.
Em pouco tempo de atuação o Patrulha Animal conseguiu famílias para mais de 250 animais e vive apenas do trabalho voluntário. “O Patrulha quer essa conscientização em relação aos animais e vem conseguindo. Hoje em dia a pessoa vê um animal na rua e ela olha com outro olhar, posta fotos, pede ajuda e, sobretudo, tem para onde ligar”, garante ainda Denise.
“O Patrulha tem um brechó, cuja renda é totalmente revertida para os animais e gastos com veterinários, que também são nossos parceiros. Mas está ficando uma coisa pesada para gente. Até burro estamos tendo que enterrar; é um descaso muito grande do poder público”, lamenta Denise.
Fonte Correio do Papagaio