Cemitério é local de aprendizagem de democracia e história




Aprender democracia e História do Brasil no cemitério. Essa é a proposta do professor de História da Escola Brasil em Varginha, Marcos Antônio de Freitas, que levou seus alunos do 3º Ano do Ensino Médio para ter mais conhecimento além da sala de aula.

De acordo com o professor, a ideia surgiu a partir de uma viagem que fez a Buenos Aires, capital da Argentina. “A história política da Argentina é contada por meio do cemitério. Os túmulos de lá são verdadeiros monumentos, obras de verdadeiros artistas”, conta Freitas.

Segundo Marcos, o cemitério é uma extensão da sala de aula e serve como uma forma diferenciada de se apresentar ao estudante alguns temas de ensino e estudo. O professor cita como exemplo o túmulo de Joaquim Paraguai, um soldado que viveu na cidade e participou da Guerra do Paraguai, entre 1864 a 1867.

O professor comenta que outros cemitérios da região do Sul de Minas servem como fonte de pesquisa e ensino histórico, como Campanha (túmulo de Vital Brasil), Poços de Caldas (Princesa russa Anastásia Romanov), Elói Mendes (Joaquim Eloy Mendes, o Barão de Varginha), etc.

Os estudantes não temem o método de ensino no passeio ao cemitério. Como é o caso da aluna Lorraine Silva de Oliveira, de 17 anos. Na oportunidade, ela faz conjecturas sobre a estrutura social observando as diferenças entre os túmulos construídos no cemitério de Varginha. “A organização social aqui reflete o que acontece lá fora. Alguns túmulos chamam muita atenção, outros são mais simples”, analisa.

Professor Marcos salienta que o objetivo do projeto é levar mais conhecimento histórico ao aluno, facilitando uma maior aprendizagem e promover visitações no cemitério. A aula visitação tem acompanhamento do administrador geral do cemitério, Paulo Conde.




Fonte Blog do Madeira