De acordo com o professor, a ideia surgiu a partir de uma viagem que fez a Buenos Aires, capital da Argentina. “A história política da Argentina é contada por meio do cemitério. Os túmulos de lá são verdadeiros monumentos, obras de verdadeiros artistas”, conta Freitas.
Segundo Marcos, o cemitério é uma extensão da sala de aula e serve como uma forma diferenciada de se apresentar ao estudante alguns temas de ensino e estudo. O professor cita como exemplo o túmulo de Joaquim Paraguai, um soldado que viveu na cidade e participou da Guerra do Paraguai, entre 1864 a 1867.
O professor comenta que outros cemitérios da região do Sul de Minas servem como fonte de pesquisa e ensino histórico, como Campanha (túmulo de Vital Brasil), Poços de Caldas (Princesa russa Anastásia Romanov), Elói Mendes (Joaquim Eloy Mendes, o Barão de Varginha), etc.
Os estudantes não temem o método de ensino no passeio ao cemitério. Como é o caso da aluna Lorraine Silva de Oliveira, de 17 anos. Na oportunidade, ela faz conjecturas sobre a estrutura social observando as diferenças entre os túmulos construídos no cemitério de Varginha. “A organização social aqui reflete o que acontece lá fora. Alguns túmulos chamam muita atenção, outros são mais simples”, analisa.
Professor Marcos salienta que o objetivo do projeto é levar mais conhecimento histórico ao aluno, facilitando uma maior aprendizagem e promover visitações no cemitério. A aula visitação tem acompanhamento do administrador geral do cemitério, Paulo Conde.
Fonte Blog do Madeira