Policiais discutem combate a ataques a caixas eletrônicos do Sul de MG

Seminário na Ufla pontuou dificuldades no combate ao crime na região.
Somente em 2014 foram registrados sete casos de explosões a bancos.

Autoridades da área de segurança pública reuniram-se nesta quinta-feira (20) no Seminário Nacional de Inovação e Governança em Segurança Pública na Universidade Federal de Lavras (MG) para discutir os desafios da atuação da polícia, entre eles, o combate aos ataques a caixas eletrônicos no Sul de Minas. Somente neste ano já foram registrados 7 casos. Em 2013 foram registrados 77.
Por isso, o encontro discutiu novas tecnologias no trabalho dos agentes responsáveis pela segurança pública. Para o comandante da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel  Márcio Martins Sant´Ana, há questões a serem consideradas. “Os caixas eletrônicos normalmente ficam instalados em locais muito vulneráveis. Sabemos que eles visam servir o cidadão, mas isso dificulta o trabalho da polícia, já que se tornam alvos fáceis”, disse.

Ainda de acordo com ele, falta também controle sobre a venda e o uso dos explosivos. “Buscamos firmar parcerias com o exército, que é o órgão que tem competência para fiscalizar o armazenamento de explosivos, já que o controle sobre a venda ainda é frágil”, completou.
Já o chefe adjunto da Polícia Civil em Minas Gerais, Jésus Trindade Barreto Junior acredita que para intimidar a ação criminosa, são necessárias parcerias. “A principal medida é interfacetar a observação dos bancos e o serviço de inteligência da polícia. Se este trabalho for melhor organizado, vamos conseguir aperfeiçoar a busca pelos criminosos”, considerou.
O seminário termina nesta sexta-feira (21) e enquanto isso, a população segue assustada com os crimes e espera medidas. O comerciante José Maria Spuri é dono de um bar que fica ao lado de uma agência bancária onde dois caixas foram explodidos há duas semanas, em Nepomuceno(MG). “Eu cheguei ao banco para fazer um depósito e encontrei o caixa totalmente danificado, completamente estrado, as câmeras pichadas. É assustador”, comentou.
Do G1 Sul de Minas