A gestora do programa na Emater-MG, Maria Edinice Soares, informa que a formação do grupo de jovens será incentivada em reuniões mensais onde serão discutidos assuntos do dia a dia da comunidade, abordando a relação interpessoal, familiar, saúde, lazer, a importância do trabalho conjunto, além das práticas tecnológicas de interesse do grupo. “Podemos discutir, por exemplo, a condução correta das atividades agrícola e pecuária, aproveitando a experiência de cada jovem e buscando melhorá-las nos aspectos de produtividade e lucratividade. O acompanhamento será coletivo e conforme a necessidade será dada assistência técnica na propriedade ao jovem e à sua família”, explica.
Ainda segundo Maria Edinice, a iniciativa vai utilizar um sistema pedagógico, batizado de Inovar, que privilegia a construção coletiva por meio da socialização dos conhecimentos e a sua incorporação planejada na ação extensionista. A ideia é valorizar as pessoas, promovendo debates e discussões orientadas, de acordo a gestora. “Cada tema trabalhado terá embasamento teórico, reflexão da prática e o planejamento de estratégias adequadas à realidade do local dos jovens”, argumenta. Para tanto, conforme a gestora do Programa da Juventude Rural uma das propostas é fazer um material didático (manual, cartilhas e vídeo) direcionado a esse público rural e assim qualificar extensionistas e jovens.O incentivo à permanência do jovem rural no campo tem sido ao longo dos anos, uma preocupação da Emater-MG como bem demonstrou o Projeto Transformar, que previa a capacitação de filhos de agricultores familiares na faixa etária de 16 a 29 anos, habilitando-os para a implementação de projetos produtivos, com geração de ocupação e renda. Em sete anos do projeto, a empresa capacitou mais de 8 mil jovens no Estado . Só nos últimos dois anos foram quase 1.300 capacitados, sendo que, em 2013, o projeto atuou em 150 municípios, segundo informações da coordenadora técnica estadual de Metodologia de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), Helena Silva.
Com o Programa da Juventude Rural, o desafio de proporcionar condições de manter o jovem rural em seu local de origem continua, como explica a atual gestora, Maria Edinice Soares. “O objetivo é facilitar o processo de sucessão familiar nas propriedades rurais. Os filhos de agricultores só darão continuidade aos trabalhos dos pais, se eles se sentirem motivados a permanecerem na propriedade, participando do processo produtivo e sendo remunerados para isso”, argumenta a técnica da empresa. Segundo ela, as capacitações do Tranformar continuarão e cerca de 500 jovens deverão ser contemplados com esta ação, neste ano de 2014, a partir de março.
Agência Minas