Eles percorreram ruas do Centro da cidade distribuindo afeto.
Reações das pessoas chamaram atenção dos participantes do ato.
'Abraços Grátis'; foram distribuídos pelas ruas da cidade (Foto: Jéssica Balbino/ G1) |
Com cartazes e disposição de levar amor ao próximo, um grupo de 20 jovens de Poços de Caldas (MG) se reuniu nesta sexta-feira (6) para distribuir ‘abraços grátis’ pelas ruas do Centro da cidade, inspirados pela campanha mundial ‘Free Hugs’. Eles se reuniram na porta do Complexo Cultural da Urca, passaram por praças que são também pontos turísticos, além da Rua Assis Figueiredo – a principal da cidade – e encerraram o ato no Terminal de Linhas Urbanas com a missão cumprida: “voltamos para casa felizes”, disseram.
A iniciativa surgiu após um curso em que quatro deles participaram e a mobilização se deu por meio das redes sociais. Pelas ruas, as mais diferentes reações, desde os que recusaram o ato de afeto, aos que o reproduziram, mesmo que brevemente, alguns abraços, como os hóspedes de um hotel próximo à Praça Pedro Sanches. “É ótimo chegar à cidade e ser recebido assim.
Passageiros no Terminal de Linhas Urbanas ganharam abraços (Foto: Jéssica Balbino/ G1) |
Isso, além de incentivar o turista faz um bem danado. Nós gostamos muito que vamos abraçar também outras pessoas. Hoje ficará sendo o nosso Dia do Abraço”, comentou o mecânico de manutenção, Luiz Carlos Gonçalves de Oliveira.
Mas eles não foram os únicos. O aposentado Paulo Roberto Rezende, que também tinha acabado de chegar a Poços de Caldas se surpreendeu com a ação. “Eu acabei de chegar a cidade e não vi nada ainda, mas me surpreendi com a animação e os abraços desses jovens”, disse.
Pelo caminho, a secretária Márcia Giacchetta de Andrade também gostou da abordagem. “Foi uma troca de energia muito boa. Às vezes, tudo que precisamos é de um abraço, não é mesmo?”.
Vendedores ambulantes como pipoqueiros e sorveteiros não ficaram de fora dos abraços. "Tinha que ter todos os dias e não só hoje", destacou o sorveteiro antes de atender o próximo cliente.
Vendedores ambulantes como pipoqueiros e sorveteiros não ficaram de fora dos abraços. "Tinha que ter todos os dias e não só hoje", destacou o sorveteiro antes de atender o próximo cliente.
Ponto para os jovens que se engajaram na ação, como o músico e ator Jonas Henrique de Paula, que participou pela primeira vez e assumiu a mudança em si próprio. “É a primeira vez que eu participo e por mais que eu tenha imaginado como seria, foi completamente diferente, mas para melhor. As reações são muito diferentes, algumas pessoas acham que é pegadinha, outras ficam contentes com a troca de energia, por fim, posso dizer que é muito gratificante”, comentou.
Durante as quase três horas que percorreram a região central da cidade, diferentes pessoas foram abordadas, entre elas, vários passageiros, motoristas e cobradores nas filas dos transporte coletivo. Para quem estava apenas esperando, ganhar tantos abraços foi o ponto alto do dia, como frisou o pedreiro Saulo Marcelino Soares. “É grátis mesmo? Então eu fico muito feliz, porque não ganho abraço nem dos meus filhos. É muito bom ver as pessoas empenhadas nesse tipo de ação, porque vemos tanta gente séria na correria do dia a dia e esse grupo dando abraços é muito bonito”.
Turistas também quiseram participar do 'Dia do Abraço' (Foto: Jéssica Balbino/ G1) |
E por palavras como estas que a estudante Adeline Silva Santos, uma das organizadoras da mobilização, sentiu-se feliz ao retornar para casa. “Eu estou muito realizada, o retorno recebido foi muito intenso. Algumas pessoas diziam que o dia delas não estava sendo bom, outras estavam chorando e eu fiz questão de abraçar, porque não é apenas o abraço pelo abraço, mas a troca de energia e o amor que você deseja para aquela pessoa que está com você no momento. O mais bonito é o que vemos nos olhos de quem aceita o abraço grátis”, resumiu.
Para o próximo sábado (13), o mesmo grupo de jovens já se organiza para visitar uma instituição para idosos da cidade e também distribuir abraços.
Free Hugh
O movimento social surgiu em 2004 na Austrália, por meio de um homem que usa o pseudônimo de Juan Mann e só se tornou famoso em 2006, após um videoclipe com imagens da ação ser divulgado pela banda australiana Sick Puppies.
Free Hugh
O movimento social surgiu em 2004 na Austrália, por meio de um homem que usa o pseudônimo de Juan Mann e só se tornou famoso em 2006, após um videoclipe com imagens da ação ser divulgado pela banda australiana Sick Puppies.
Jéssica BalbinoDo G1 Sul de Minas