Integrantes alegam que terras são improdutivas e pedem desapropriação.Propriedade pertence a empresário preso por suspeita de trabalho escravo.
Já passa de 13h a invasão de integrantes do Movimento Sem Terra (MST) à Fazenda Paraíso, em Campanha (MG). Alegando que as terras são improdutivas, a direção do movimento quer que a fazenda seja desapropriada e destinada à reforma agrária. Segundo o MST, quase 200 famílias estão acampadas no local.
A fazenda é de propriedade do empresário Paulo Lima, preso no mês passado por suspeita de manter trabalhadores rurais em regime de trabalho escravo. Ele também está sendo investigado pelo desaparecimento do trabalhador rural Hélio dos Santos que denunciou as supostas irregularidades.
A família de Paulo Lima alega que a fazenda é produtiva, já que eles plantam café e criam gado no local. Um boletim de ocorrência foi registrado e a família entrou na Justiça com um pedido de reintegração de posse.
Segundo representantes do MST, as famílias que estão no local vieram do Sul de Minas e de outras regiões de Minas Gerais. O gerente regional do Ministério do Trabalho, Mário Angelo Vitório, também esteve na fazenda sob proteção da Polícia Federal. No entanto, a conversa não resultou em nenhum tipo de acordo e os integrantes não têm prazo para deixar a propriedade.
Um representante do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Belo Horizonte (MG) deve chegar à fazenda em Campanha na noite desta quarta-feira para conversar com a direção do movimento.
Movimento sem terra invade fazenda de acusado de trabalho escravo em Campanha (Foto: Reprodução EPTV)Do G1 Sul de Minas |