Golpes: "Bandidos começaram à se adequar às redes sociais", alerta PM

 



Golpe do cartão, clonagem de instagram e roubo de whatsapp, Com a queda de circulação de dinheiro vivo, criminosos buscam novas formas de golpe.

Receber mensagem "Pode me enviar o dinheiro hoje?" de um número desconhecido pelo whatsapp tem sido cada vez mais comum. Para muita gente perceber que isso pode se tratar de golpe é fácil, mas a mesma pessoa pode clicar em um link de promoção de um comércio local enviado pelo Instagram e perder o perfil para bandidos. Por isso, todo o cuidado é pouco.

O Portal da Cidade Guaxupé procurou a Polícia Militar para falar sobre os casos mais comuns e como não ser uma vítima. " O bandido começou a se adequar à nova realidade. Hoje pouquíssimas pessoas têm cartão de crédito, a gente consegue pagar com o celular, por aproximação, esse mundo digital está forçando os autores a se adequarem á essa nova situação", ressalta o comandante da PM de Guaxupé, Capitão Salgado.



Tipos de Golpe

Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os golpes mais comuns são
Falsa Central de atendimento;
Falso motoboy;
Falso leilão;
Copia de whatsapp;
Troca de cartão;
Link falso;
Delivery da maquininha quebrada; e
Falso boleto.



Falsa Central de Atendimento

O fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual ela tem um relacionamento ativo. Informa que sua conta foi invadida, clonada ou outro problema e, a partir daí, solicita os dados pessoais e financeiros da vítima. E até mesmo pede para que ela ligue na central do banco, no número que aparece atrás do seu cartão, mas o fraudador continua na linha para simular o atendimento da central e pedir os dados da sua conta, dos seus cartões e, principalmente, a sua senha quando você a digitar.

Como evitar

Se receber esse tipo de contato, desconfie na hora. Desligue e entre em contato com a instituição através dos canais oficiais, de preferência usando o celular ou aplicativos móveis, para saber se algo aconteceu mesmo com sua conta. O banco nunca liga para o cliente pedindo senha nem o número do cartão e também nunca liga para pedir para realizar uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.



Golpe do Falso Motoboy

O golpe começa quando o cliente recebe uma ligação do golpista que se passa por funcionário do banco, dizendo que o cartão foi fraudado. O falso funcionário solicita a senha e pede que o cartão seja cortado, mas que o chip não seja danificado. Em seguida, diz que o cartão será retirado na casa do cliente. O outro golpista aparece onde a vítima está e retira o cartão. Mesmo com o cartão cortado, o chip está intacto e os fraudadores podem utilizá-lo para fazer transações e roubar o dinheiro da vítima.

Como evitar

Os bancos nunca pedem o cartão de volta nem mandam portadores até a sua casa para buscá-lo. Se receber esse tipo de ligação ou visita, não entregue nada para ninguém e ligue imediatamente para o seu banco, de preferência de um celular, para saber se existe algum problema com a sua conta.



Falso leilão

Golpistas criam sites falsos de leilão, anunciando todo tipo de produto por preços bem abaixo do mercado. Depois pedem transferências, depósitos e até dinheiro via Pix para assegurar a compra. Geralmente apelam para a urgência em fechar o negócio, dizendo que você pode perder os descontos. Mas nunca entregam as mercadorias pagas. Além disso, os fraudadores podem se aproveitar para roubar informações importantes como CPF e número de conta das vítimas.

Como evitar

pesquise sobre a empresa de leilões em sites de reclamação e confira o CNPJ do leiloeiro. Nunca faça transações financeiras em sites que não tenham o cadeado de segurança no navegador e certificados digitais para transações, nem faça transferências para contas de pessoas físicas.



Golpe no Whatsapp

Os golpistas descobrem o número do celular e o nome da vítima de quem pretendem clonar a conta de WhatsApp. Com essas informações em mãos, os criminosos tentam cadastrar o WhatsApp da vítima nos aparelhos deles. Para concluir a operação, é preciso inserir o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo.

Os fraudadores enviam uma mensagem pelo WhatsApp fingindo ser do Serviço de Atendimento ao Cliente do site de vendas ou da empresa em que a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular, tem acesso a todo o histórico de conversas e contatos. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos, passando-se pela pessoa, pedindo dinheiro emprestado.

Desconfie de pessoas pedindo dinheiro ou seus dados por aplicativos de mensagem. Geralmente os golpistas apelam para alguma urgência falsa e pedem depósitos e transferências via Pix para contas de terceiros ou então para pagar alguma conta.

Como evitar

Primeiro, proteja o seu WhatsApp de invasões e clonagens. Nas configurações do aplicativo, clique em CONTA, depois em CONFIRMAÇÃO EM DUAS ETAPAS e ative essa funcionalidade de segurança com uma senha. Você diminui a chance de golpistas roubarem seu número. E nas configurações de privacidade, deixe a sua foto de perfil pública apenas para os seus contatos, assim ninguém a utiliza para golpes.

Nunca compartilhe o código de segurança. E caso receba mensagens de parentes ou conhecidos pedindo dinheiro emprestado, confirme a identidade de quem está do outro lado.



Troca de Cartão

Golpistas que trabalham como vendedores prestam atenção quando você digita sua senha na máquina de compra e depois trocam o cartão na hora de devolvê-lo. Com seu cartão e senha, fazem compras usando o seu dinheiro. O mesmo pode acontecer com desconhecidos oferecendo ajuda no caixa eletrônico. Eles se aproveitam de alguma dificuldade sua no terminal eletrônico para pegar rapidamente o seu cartão e depois devolver um que não é seu, ao mesmo tempo que espiam sua senha.

Como Evitar

Fique sempre atento na hora das compras. Confira se é mesmo o seu nome impresso no cartão devolvido e, se possível, passe você mesmo o cartão na maquininha em vez de entregá-lo para outra pessoa. Nos caixas eletrônicos, procure funcionários do banco devidamente uniformizados, não aceite ajuda de desconhecidos.



Link falso

O phishing, ou pescaria digital, é uma fraude eletrônica cometida pelos fraudadores (engenheiros sociais) que visa obter as senhas e dados pessoais do usuário. A forma mais comum de um ataque de phishing são as mensagens em e-mails, SMS, aplicativos de mensagens como WhatsApp, redes sociais que induzem o usuário a clicar em linksmaliciosos. Também existem páginas falsas na internet que induzem a pessoa a revelar as senhas dados pessoais.

Os casos mais comuns de phishing são e-mails recebidos de supostos bancos com mensagens que afirmam que a conta do cliente está irregular, ou o cartão ultrapassou o limite, atualização de token ou ainda que existe um novo software de segurança do banco que precisa ser instalado imediatamente pelo usuário.

Como evitar

Ao acessar um site, sempre verifique na barra do navegador se o endereço da página de internet está correto. Para garantir, não clique em links: digite o endereço oficial da página que deseja acessar direto no navegador. Além disso, nunca clique em links ou anexos de e-mails de remetentes desconhecidos. Utilize sistema operacional e antivírus originais e os mantenha sempre atualizados.

Sempre prefira comprar em sites conhecidos, e nunca use computadores públicos para comprar algo no comércio virtual. Ao receber ligações ou mensagens Não repasse a outra pessoa nenhum código fornecido por SMS, imagem de um QR Code ou código gerado pela sua leitura dele para permitir autenticar alguma operação. Em caso de dúvida não clique.



Delivery da maquininha quebrada

O golpe do delivery costuma ter alguns tipos de abordagens e algumas variações. O golpe começa quando você faz um pedido por aplicativo, no momento da entrega, é apresentado uma maquininha com o visor danificado ou se posiciona de uma forma que a vítima não veja o preço cobrado na tela.

O valor inserido é bem superior ao pedido e a vítima só percebe que fez um pagamento maior depois de um tempo. Pode ocorrer também um formato que a compra já paga pelo aplicativo, mas a vítima é convencida que ocorreu um problema e é cobrada novamente ou cobrado algum frete adicional, normalmente também colocam um valor maior. Também podem simular uma ligação de uma falsa central informando problemas na cobrança no cartão e solicita os dados de cobrança da vítima.

Como evitar

Não aceite maquininhas quebradas e sempre confira o valor que aparece no visor. Peça para que o entregador digite o preço na sua frente, e fique atento se ele está apertando as teclas certas. Prefira pagar diretamente no aplicativo de compra ou para o vendedor e se já pagou antecipadamente não aceite novas cobranças e desconfie sempre de ligações pedindo os seus dados. Importante: Se a maquinha do entregador for um celular, ao fazer pagamento nesse tipo de tecnologia confira o valor somente na tela da parte de traz do aparelho.



Falso Boleto

O emissor do boleto falso pode ter várias informações sobre os dados pessoais da vítima e a situação pode ser muito convincente. O boleto pode chegar como uma falsa correspondência bancária ou de uma loja, ou, ainda, no formato eletrônico, em forma de mensagens de SMS, WhatsApp ou e-mail que direcionam para páginas falsas para download de uma fatura forjada. Os boletos falsos são muito parecidos com os originais que costumam receber. O cliente pagando por um boleto adulterado, o valor é direcionado para a conta do fraudador ao invés do verdadeiro credor. Como resultado o credor continua a efetuar as cobranças ou não envia o produto.

Como evitar

Para reduzir as chances de cair nesse golpe, é essencial ficar atento aos dados do beneficiário do boleto. Independentemente de como você vai pagar, essas informações são exibidas antes que você complete a transação. Verifique sempre CPF ou CNPJ do emissor, data de vencimento e principalmente o valor para ter certeza que está pagando o documento correto. Veja também se os três primeiros números do código de barras de fato correspondem ao código do banco.

Fonte: Portal da Cidade