Mulheres apontadas como chefes de organização criminosa são presas em operação em Caxambu

 Segundo o Ministério Público, elas representavam o comando geral no estado. Mais 30 pessoas foram presas; trabalho era dividido em grupos e parte agia de dentro de presídios


Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público prendeu mulheres apontadas como chefes de uma organização criminosa no Sul de Minas nesta quarta-feira (28). Policiais prenderam três mulheres em Caxambu (MG).


Elas tinham participação na organização criminosa de tráfico de drogas com origem no estado de São Paulo. As presas também atuavam como tesoureiras dentro do grupo.

O promotor do Gaeco, Leandro Panaim, detalhou a função das mulheres como chefes de tráfico. Segundo ele, as presas tinham o comando geral do estado.

“Elas faziam a função de arrecadação de valores e até mesmo de disciplina, como chamamos quando elas aplicam punições. Uma delas, em particular, era um pouco mais violenta e aplicava punição a quem devia, a quem desobedecia as ordens dessa organização”.

Além delas, mais 30 pessoas foram presas e lavadas para o Presídio de São Lourenço (MG) e Caxambu. Conforme o Gaeco, muitas ordens de tráfico de drogas da região partiam de dentro dos dois presídios e de Baependi.

Ao todo, 136 policiais militares e civis participaram da operação, batizada de Coreia, que começou no início da manhã e também cumpriu mandados de busca e apreensão.

Segundo o promotor, as investigações começaram há aproximadamente um ano e quatro meses, com uma demanda da Promotoria de Caxambu. “Nós conseguimos verificar que existia realmente uma ramificação importante de uma organização criminosa e além do loteamento de bairros em razão destes traficantes. Daí o nome da Operação Coreia - havia briga entre estes traficantes, porque um não poderia invadir o espaço do outro”.

Nas buscas, os policiais encontraram quantias em dinheiro, drogas e mais materiais ligados ao tráfico. “Diante da demanda apresentada pelo Gaeco, coube à Polícia Militar o cumprimento dos mandados de busca e apreensão e de prisão. Nós direcionamos o efetivo e o recurso logístico necessário para o cumprimento da operação. O resultado foi extremamente favorável, considerando que praticamente 100% dos alvos foram localizados e presos”.

O material apreendido deve ajudar nas próximas etapas da investigação.




Fonte: G1 Sul de Minas