Professores alertaram polícia em operação que terminou com seis presos por pedofilia em Campos Gerais MG

Entre presos está mãe acusada de aliciar a própria filha, a partir dos 9 anos de idade; ação foi realizada em Campos Gerais.




Professores e funcionários da escola onde uma menina de 11 anos estudava foram os responsáveis por alertar a polícia em uma operação que terminou com seis pessoas presas por pedofilia em Campos Gerais (MG) nesta segunda-feira (26). De acordo com a Polícia Civil, entre os presos está a mãe da garota, que aliciava a menina desde os 9 anos de idade.

Segundo a polícia, a criança, agora com 11 anos, era obrigada a realizar os atos e depois pedir dinheiro para os acusados a pedido da mãe. Foi o comportamento da menina que chamou a atenção dos funcionários da escola.

“Comportamentos desviados, vestimentas. Chegando à escola acompanhada, dentro de carros de luxo ou [outros] carros, o que não era comum, partindo da família dela”, explicou o delegado Eduardo Braga.

Agora a mãe da menina deve responder pelo crime de favorecimento à prostituição com o agravante de que a menor é filha dela.

Além da mulher, outras cinco pessoas foram presas. Um dos homens, confessou o crime, dizendo ter pagado R$ 50 para tocar os seios da menina, dentro do próprio carro, em um cafezal. A menor foi ouvida e deu detalhes de como os abusos aconteciam.

“Ela apresentou, durante os depoimentos, algumas particularidades que apenas uma pessoa que teve um relacionamento íntimo com a outra podia revelar”, afirmou Braga.

Na casa de um dos suspeitos, a polícia encontrou brinquedos e objetos infantis, o que teria chamado atenção, já que ele mora sozinho e não tem crianças na família. A polícia investiga também se outras pessoas têm ligação com os abusos.

Para o delegado regional Thiago Ribeiro Gomes, a participação da comunidade foi fundamental para identificar os abusos contra a menor.

“A sociedade como um todo estar observando o comportamento da criança, o comportamento em um aspecto geral familiar, esse cenário familiar. Observar se os pais são usuários [de drogas], se são dados à prática criminosa. Isso é muito importante, estar informando os órgãos responsáveis por esse tipo de fiscalização para que caso haja uma situação semelhante a essa seja detectado o mais rápido possível”, disse o delegado regional Thiago Ribeiro Gomes.

Os presos foram indiciados por estupro de vulnerável. A menina está sob os cuidados de uma avó, mas o Ministério Público vai avaliar quem ficará com a guarda da criança.

Fonte G1 Sul de Minas