Em 2017, já foram diagnosticadas 20 pessoas infectadas na cidade apenas no primeiro semestre. O número assusta quando comparado com os últimos dois anos, quando nenhum caso foi registrado.
Para quem tem que conviver com a doença, o tratamento é um desafio. "O tratamento é doloroso para mim, porque é a base de injeções Penicilina. Desde que descobri, sei que é preciso me cuidar e monitorar a doença com um infectologista", contou um paciente com síflis que não quis se identificar. Ele foi contaminado por ter relação sexual sem proteção e descobriu quando os sintomas como lesões começaram a aparecer em várias partes do corpo.
Em um estágio mais avançado, a síflis atinge órgãos como o sistema nervoso central, o sistema cardiovascular, além de pele, músculos e também ossos. Por isso a importância de se proteger ou descobrir a doença ainda em estágio inicial, para facilitar o tratamento.
Outra preocupação em Varginha é em relação aos casos de sífilis congênita, aqueles que passam de mãe para filho. A infecção pode trazer graves consequências como aborto, má formação do feto e até morte do bebê após o nascimento. Em Varginha, este ano, já são quatro casos de contaminação deste tipo.
"Temos visto um aumento muito grande nos casos de sífilis adquirida e, consequentemente, a sífilis congênita, que vem por uma falta de diagnóstico da doença precocemente e falta de tratamento antes de engravidar e no pré-natal, o que poderia evitar a contaminação do feto", explicou o infectologista Luiz Carlos Coelho.
A dica da enfermeira do Serviço de Atendimento Especializado em Varginha, Verônica Scottini Milleu, é não deixar de ter cuidado. "É muito importante que as pessoas infectadas sigam todas as orientações recomendadas no tratamento. O uso do preservativo é imprescindível para não ser contaminado e evitar a propragação da doença".
Fonte: G1 Sul de Minas