Cidades pequenas seriam mais visadas por ladrões de bancos no Sul de Minas

Na última semana, três municípios registraram casos, todos com menos de 25 mil habitantes.


A sequência de roubos a agências bancárias tem assustado moradores do Sul de Minas. Só na última semana, foram registrados três casos na região. Todos eles com uma característica em comum: aconteceram em cidades com menos de 25 mil habitantes. Segundo o delegado Pedro Paulo Marques, da Polícia Civil, o tamanho dos municípios pode ser um dos fatores que as escolhas dos alvos.

O primeiro caso aconteceu no dia 26 de maio, em Paraguaçu (MG), que tem 21.486 habitantes. Na sequência, foi a vez de Muzambinho, com 21.021 moradores. Por fim, Coqueiral, que tem uma população de apenas 9.446 pessoas. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O delegado afirma, no entanto, que apesar dos crimes, a polícia está trabalhando para aumentar a segurança nas agências.

"A instalação de um sistema de monitoramento eletrônico, sistema de abertura e fechamento de cofres com horários pré-determinados. Enfim, segurança, questões relacionadas à segurança física do pessoal que trabalha na agência. E nós entendemos que, em relação a esses sequestros ou extorsões que estão ocorrendo, os funcionários das instituições bancárias e financeiras têm que ser orientados, no sentido de adotar medidas de precaução para que não sejam vítimas desses crimes", afirma.

Em uma agência de Varginha (MG), todas as regras de segurança foram adotadas. O monitoramento com câmeras e vigilantes é feito 24 horas. Até o cofre tem um dispositivo pra atrasar a abertura. Mas o diretor administrativo diz que é preciso investimento também em segurança pública.

"Todos os normativos de segurança são cumpridos, mas daqui para fora, o que acontece na rua e nos lares das pessoas, dos funcionários, aí já é uma questão de segurança pública", diz Ricardo Campos Borges.

Segundo a Polícia Federal, todas as agências devem apresentar um plano de segurança antes de abrirem uma unidade, o que também vale para as cooperativas de crédito.


Fonte: G1 Sul de Minas