Isis Valverde chora muito no programa "Domingo em Família", com homenagem da família e dos amigos da sua cidade, Aiuruoca


Isis Valverde é atriz de sucesso, pessoa querida e carismática, uma verdadeira estrela da TV. No entanto, a história da atriz não começou com a fama. Lá no começo, ela era só uma menina do interior de Minas Gerais, da cidadezinha de Aiuruoca. E esse lugar ela leva para sempre no coração, mesmo sendo superfamosa no Brasil inteiro.

"[Meus amigos] são pessoas que eu tenho para a vida toda, que nunca vão virar as costas para mim, independentemente de qualquer coisa. É sempre uma vitória voltar [para Aiuruoca]. É lá que eu me sinto protegida de tudo. É como se quando eu entrasse em Aiuruoca alguma coisa me abraçasse", contou a atriz antes de ver seu show, já com os olhos marejados.



Então, veio a homenagem. Começou com sua mãe, Rosalba, lendo uma versão adaptada do poema "Coisas que nenhum mineiro te contou", de Luana Simonini [confira o poema completo no fim do texto!]. Depois, os amigos de Isis entraram no palco cantando "Faroeste Caboclo", uma das músicas preferidas da atriz e que era peça central de uma brincadeira que todos faziam juntos na praça da cidade. Ela, claro, caiu no choro!

Só como curiosidade, vale lembrar: a praça onde Isis encontrava os amigos tem mais história! Foi ali também que Isis Valverde deu o seu primeiro beijo, como foi revelado no seu Arquivo Confidencial do Domingão do Faustão! Se você não viu, clique aqui para conferir!



Veja o poema "Coisas que nenhum mineiro te contou" completo:

Ser mineiro é comer quieto o fim das palavras. Mineiro que é mineiro tem fome de sílaba e deve ser por isso que guarda dentro do peito poemas inteiros. Entre tantas letras embaralhadas, o vagão das ideias se perde e a coisa vira trem, ou o trem vira coisa.

É, o trem tá feio.

Ser mineiro é escutar no silêncio uma prosa bonita e musicar em sotaque frases curtas. O mineiro não fala, ele canta com um sorriso tímido no canto da boca.

Nem todo mineiro é tímido, mas todo mineiro carrega o charme da timidez. Das bochechas coradas, do sorriso amarelo que ganha novas cores num piscar de olhos abertos, bem abertos.

Mineiro parece não gostar de elogio, mas gosta, pode apostar. Sempre retruca, mas cá dentro tá todo feliz.

"São seus olhos", ele diz.

Mineiro se esconde em suas montanhas, mas desmorona em abraço apertado. Chora água doce e se derrama em cachoeira.

Ser mineiro é fazer da cozinha a melhor parte da casa. Receber os amigos com mesa farta. Mineiro tem mesmo fome, seja de letra ou de amor.

O mineiro não se apaixona “pelas” pessoas, e, sim, “com” as pessoas. Ser mineiro é sentir as coisas sem dar nome. É se confundir entre dois ou três beijinhos quando conhece alguém.
São três pra casar.

Ser mineiro é passar a noite inteira em um ônibus e ainda não sair de Minas. As montanhas parecem continentes, mas fazem tudo parecer "pertim".

É logo ali.

Nunca confie em um “ali” de mineiro.

De resto, pode confiar. Seja nas reticências que ele não diz ou nos versos dos seus poemas inteiros.

Ser mineiro é saber que as melhores coisas da vida não são coisas.

Fonte GSHOW