Arcanjos de Minas - Aeronaves cruzam os céus para salvar vidas

A palavra “arcanjo” vem de uma palavra grega que significa “principal dos anjos” ou “mais importante dos anjos”. Em Minas Gerais, uma Esquadrilha de Arcanjos corta os céus do estado diariamente fazendo o que melhor sabem fazer: salvar vidas.

O mais novo integrante dessa Esquadrilha entrou em operação há um mês e já foi o responsável por 25 atendimentos, contabilizando um saldo de 23 vítimas salvas. O helicóptero modelo biturbina EC-145, batizado de Arcanjo 4, reforça a frota do Batalhão de Operações Aéreas (BOA) que hoje é formada por dois helicópteros Esquilo e uma avião Cessna.

A chegada do Arcanjo 4 coloca Minas Gerais no posto de estado pioneiro na utilização de aeronaves modelo EC-145 exclusivamente para o serviço aeromédico. “ Graças ao reforço, Minas tornou-se referência entre os Corpos de Bombeiros em todo o Brasil”, explica o Capital Dias, um dos comandantes da aeronave. Assim como seus “irmãos de missão”, o Arcanjo 4 é responsável pelo atendimento de ocorrências de transporte interhospitalar de pacientes, atendimento pré-hospitalar, buscas e salvamentos, além de transporte de órgãos para o MG Transplante, e potencializou esses atendimentos devido não só à qualidade da aeronave, mas também pela integração com o SUS Fácil.

O Sistema entrou em vigor em fevereiro e formalizou a comunicação do CBMMG com os hospitais. Uma equipe do SUS Fácil manda e-mail direto para o CBMMG para análise e atendimento. As solicitações também chegam pelo telefone do Samu (192) e da Centro de Operações de Bombeiros (193). Segundo o Coronel Luiz Henrique Gualberto Moreira, comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, esta é a principal função do atendimento aéreo. “Duplicar a capacidade de atendimento adequado às vítimas e reduzir chances de morte e de sequelas”, comenta.

O helicóptero EC-145, adquirido pela Secretaria de Estado da Saúde por R$ 34 milhões, pode transportar até duas vítimas graves e ainda permite manobras da equipe médica no paciente por causa da cabine mais espaçosa. Em seu interior há uma pequena UTI aérea, com equipamentos como bomba de infusão, cardioversor de última geração, ventilador para transportes de vítimas que necessitem de ventilação controlada e incubadora com ventilador para recém-nascidos, entre outros equipamentos utilizados nos Estados Unidos e na Europa. Em 2014, o Batalhão de Operações Aéreas atendeu a 704 ocorrências e transportadas 242 vítimas.

O uso dos helicópteros para o atendimento às ocorrências diminuiu o tempo de chegada ao local onde as vítimas estão. Um ganho enorme para a população, seja em qualquer lugar do Estado. Na rede pública, há helipontos no Hospital de Pronto Socorro João XXIII e no Hospital Risoleta Neves.Ambos em Belo Horizonte. Está sendo construído outro no novo Hospital do Barreiro, ainda em obras.

Existem também helipontos nos hospitais particulares Biocor, Mater Dei e da Unimed. Contudo a falta de heliponto em alguns centros de saúde não é um empecilho para a realização das missões, pois a aeronave pousa com facilidade em locais não preparados.

Os números do Arcanjo 4 em um mês de operação:

Total de atendimentos: 25

Resgates: 21

Transferências entre hospitais: 4

Total de vítimas salvas: 23
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Arcanjo 4 entrou em operação no dia 02/02 (Foto: Júlio Fotografo)
Arcanjo pousa no Heliporto do HPS
Arcanjo pousa no heliponto do HPS
O voo de Ribeirão da Neves ao HPS durou 9 minutos
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O BOA foi acionado para apoio ao MG Transplantes em Manhuaçu
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Vítima de esmagamento de pé em Pará de Minas é transportado para BH
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Arcanjo transportou vítima de TCE de Curvelo para o HPS
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 Fonte: CBMMG